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Governo italiano diz que economia está a recuperar mais rápido do que o previsto

Apesar do otimismo, Roberto Gualtieri afirmou que o regresso aos níveis pré-covid-19 só vai acontecer em 2022.

Raul Mee
07 de Setembro de 2020 às 11:54
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O PIB de Itália deverá crescer acima dos 9,5% previstos pelo governo no terceiro trimestre. O Governo italiano está otimista com a retoma da economia, que está a ser mais poderosa do que o estimado.

 

Em entrevista à Bloomberg, o ministro da Economia adiantou que, no terceiro trimestre, o PIB de Itália vai registar um crescimento em cadeia acima dos 9,5% projetados pelo Executivo. A estimativa avançada por Roberto Gualtieri situa-se bem acima das previsões dos economistas que, segundo a Bloomberg, apontam para um crescimento de 7,9% no terceiro trimestre, face ao período mais agudo da pandemia (abril e julho).

 

Itália foi o país europeu mais afetado pela pandemia quando a covid-19 chegou à Europa, em fevereiro, mas consegue nesta altura registar uma situação menos desfavorável do que em vários países do Continente, como Espanha e França.

 

"As medidas de emergência que adotámos tinham como objetivo suportar o sistema produtivo, o emprego e os rendimentos", disse o ministro, assinalando que estas foram decisivas para possibilitar um recomeço na economia italiana, "como estamos agora a assistir".  

 

Apesar do otimismo, Roberto Gualtieri afirmou que o regresso aos níveis pré-covid-19 só vai acontecer em 2022.

 

Apesar do foco imediato nas medidas para impulsionar o crescimento económico, o governo italiano também pretende reduzir a dívida pública no longo prazo. O plano orçamental que o Governo italiano vai apresentar nas próximas semanas tem como meta uma redução "significativa" no rácio da dívida pública, que nos próximos meses deverá exceder 150% do PIB devido aos estímulos de cerca de 100 mil milhões de euros para fazer face aos efeitos da pandemia.

 

Roberto Gualtieri promete uma redução significativa e sustentável da dívida pública, não só nos próximos três anos, mas também num horizonte temporal mais alargado, com as novas metas a serem inscritas no plano orçamental que será apresentado no final deste mês.

 

Itália sofreu a terceira maior contração no PIB do segundo trimestre entre os países da União Europeia, com uma quebra histórica de 17,3%.  

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