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Governo alemão chega a acordo para reduzir número de deputados

A "grande coligação" entre democratas-cristãos e sociais-democratas chegou a acordo para diminuir o número máximo de deputados eleitos para a câmara baixa do parlamento germânico (Bundestag).

Reuters
27 de Agosto de 2020 às 10:16
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O governo alemão já fechou um acordo para reformar a lei eleitoral germânica de forma a impedir que o número de deputados com assento na câmara baixa do parlamento germânico (Bundestag) continue a aumentar a cada eleição geral.

O acordo foi alcançado pela chamada "grande coligação" governativa entre democratas-cristãos (que inclui a aliança conservadora entre a CDU e o partido irmão da Baviera, a CSU) e sociais-democratas (SPD) ainda na terça-feira, mas foi apenas conhecido já na quarta-feira.

A reforma eleitoral visa limitar o número de representantes no Bundestag e será aplicada em duas fases. A primeira já nas eleições gerais previstas para o outono do próximo ano e a segunda nas legislativas que deverão decorrer em 2025.

Apesar de estipular um mínimo de 598 deputados, o Bundestag não tem qualquer limite máximo contando, atualmente, com 709 parlamentares, um número recorde na câmara atualmente presidida pelo ex-ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble.

O número de deputados poderia mesmo superar os 800 nas próximas eleições gerais graças a um sistema eleitoral de representação mista e aos chamados mandatos de compensação. A reforma eleitoral conta também com uma redução das circunscrições de voto das atuais 290 para 280 na eleição de 2025.

"O Bundestag vai ficar mais pequeno", afirmou Norbert Walter-Borjans, co-líder do SPD, citado pelo site Politico, no final de uma reunião de oito horas com os parceiros de governo.

Apesar da aparente contenção da extrema-direita (AfD), que surge estabilizada nas sondagens, o custo para os contribuintes decorrente de um Bundestag ainda maior num contexto de crise provocada pela covid-19 contribuiu para este acordo.

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