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França contra sanções a Portugal e Espanha

O primeiro-ministro francês não quer sanções aos países da Península Ibérica por incumprimentos orçamentais. Manuel Valls pede cautela à Comissão Europeia.

Reuters
28 de Junho de 2016 às 15:26
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O primeiro-ministro francês manifestou-se esta terça-feira contra sanções a Portugal e Espanha por violação das metas orçamentais. Numa intervenção na Assembleia Nacional, num debate sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, Manuel Valls disse que a União Europeia precisa de "ser cautelosa para não ser vista como puramente punitiva e ultra-neoliberal".

Esta tomada de posição de França surge numa altura em que cresce a expectativa em torno da proposta que a Comissão Europeia fará. Não restam grandes dúvidas que haverá lugar a sanções, designadamente a suspensão provisória de fundos europeus, resta saber o grau de gravidade. 

Não é a primeira vez que o Governo francês toma esta posição. Em entrevista ao jornal espanhol El Pais, publicada no início de Junho, o ministro da Economia francês, Michel Sapin, já havia dito que França seria "indulgente" com Portugal e Espanha. Esta entrevista surgiu poucos dias depois de ter rebentado uma polémica a propósito das declarações de Jean-Claude Juncker a propósito do estatuto excepcional de França. O presidente da Comissão Europeia afirmou então que França teria mais dois anos para ajustar o défice sem quaisquer sanções. Porquê? "Porque é a França". As reacções negativas não se fizeram esperar, designadamente da parte do presidente do Eurogrupo.

 

A par do rescaldo do referendo do Brexit, o tema das sanções está também a marcar estes dias, devendo ser um dos assuntos em cima da mesa durante o Conselho Europeu que se realiza terça e quarta-feira. No entanto, só haverá uma decisão formal sobre as sanções aos países ibéricos no dia 5 de Julho.

 

António Costa já chegou a Bruxelas e também comentou o tema. O primeiro-ministro disse que a aplicação de sanções seria "um péssimo sinal para a Europa" e "perturbador para os mercados" e revelador de "falta de foco" da Comissão Europeia.


(Notícia actualizada às 15:41) 

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