“O condutor para o crescimento económico tem de ser a procura dos consumidores… políticas que ajudem a encorajar a procura em países que tenham capacidade” de o fazer, afirmou numa conferência de imprensa que se seguiu a um encontro com o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, citado pela Reuters.

“Numa altura em que continuamos a resolver muitos dos nossos desafios de longo prazo, a força da nossa economia continua sensível a eventos” que não estão nas mãos dos EUA, acrescentou, sublinhando que é do interesse económico dos EUA que haja uma “Europa próspera.”

Lew salientou, numa entrevista à estação de rádio pública alemã, que a Europa tem “mais desafios” pela frente no que respeita a “problemas económicos”. Os problemas dos EUA “são mais de natureza política do que económica”, acrescentou.

“Os europeus precisam de ver também o que podem fazer para gerar mais procura na sua economia”, adiantou.

“Precisamos de equilibrar as políticas de crescimento e de investimento no futuro, com políticas de consolidação orçamental”, defende o secretário do Tesouro dos EUA.

Do lado oposto, Schäuble salientou que “disciplina orçamental” não é necessariamente contraditória com uma política de crescimento, tendo explicado a Lew a complexidade da Europa. “Tentei de alguma forma explicar as estruturas complicadas na Europa, porque estamos no bom caminho mas temos estruturas difíceis”, adiantou, citado pela Bloomberg.

“Ninguém, nem na Europa, vê contradição entre políticas de consolidação orçamental e de crescimento”, acrescentou. Schäuble defende que a Europa e os EUA têm “a mesma posição” no que respeita ao crescimento económico.

O secretário do Tesouro dos EUA tinha na sua agenda vários encontros com responsáveis europeus. Lew chegou à Europa na segunda-feira, 8 de Abril, para uma visita de dois dias. Na agenda estavam encontros com o presidente do BCE e os ministros das Finanças da Alemanha e França,