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Economia espanhola deverá crescer quase 1% em 2014

Um estudo feito pelo BBVA prevê que o PIB espanhol avance 0,9 este ano e 1,9% em 2015. O crescimento da economia espanhola deverá ser suficiente para que se registe uma criação líquida de emprego, algo que não acontece desde o início da crise. Contudo, a taxa de desemprego não deverá sofrer descidas significativas nos próximos anos.

11 de Fevereiro de 2014 às 13:14
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O processo de recuperação da economia espanhola beneficia de expectativas optimistas. De acordo com o estudo elaborado pelo BBVA Research, que leva em conta os indícios positivos verificados nas primeiras semanas de 2014, este ano o produto interno bruto (PIB) espanhol deve crescer perto de 1%, não sendo colocada de parte a hipótese de o crescimento ultrapassar esta barreira até ao final do ano.

 

O "El País" escreve que os cálculos efectuados pelo BBVA apontam para um crescimento de 0,9% do PIB em 2014 e de 1,9% no próximo ano. Este estudo aponta para um aumento da criação de emprego, de 0,4% este ano e 1% em 2015. O BBVA nota que as expectativas positivas para a criação de emprego beneficiam da melhoria da actividade económica e da maior eficiência do mercado de trabalho, resultado da implementação "da reforma laboral".

 

Apesar da revisão em alta da criação de emprego e da margem deixada para uma eventual revisão em alta do crescimento económico, o BBVA acrescenta que a redução da taxa de desemprego não será significativa devendo quedar-se em 25,6% este ano e em 24,8% em 2015. Os cálculos feitos pelo banco espanhol mostram que será a primeira vez, desde o início da crise, que se verificará a criação de emprego líquido.

 

As previsões do BBVA surgem poucos dias após o ministro das Finanças de Espanha, Luis de Guindos, ter também antecipado que, pela primeira vez desde o início da crise, a economia deverá criar emprego líquido. O responsável sublinhou, porém, que a taxa de desemprego deve permanecer acima dos 26%.

 

"Vivemos momentos muito difíceis. Espanha esteve a ponto de cair e foi um dos principais problemas para o futuro da Zona Euro", disse Luis de Guindos a 28 de Janeiro durante um encontro sobre crescimento em Bruxelas, no qual participou o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble e a directora-gerente do FMI, Christine Lagarde.

 

"A boa notícia é que 2014 vai ser o primeiro ano desde que começou a crise - há seis ano - que teremos um crescimento [do PIB] de quase 1% e a criação líquida de emprego nos próximos trimestres", disse.

 

Oficialmente, só no final de Abril, quando for apresentado o Programa de Estabilidade e Crescimento, é que o Governo espanhol apresenta as novas previsões económicas.

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