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Dinamarca eleva para 3% crescimento este ano à boleia da Novo Nordisk
O Governo dinamarquês reviu em forte alta as previsões de crescimento económico para este ano e o próximo à boleia do dinamismo da indústria farmacêutica, em particular da gigante Novo Nordisk.
Pela segunda vez este ano, o Governo dinamarquês reviu em alta as previsões de crescimento, quer para este ano quer para o próximo, anunciou a ministra da Economia, Stephanie Lose (na foto), esta quinta-feira.
O Executivo do país nórdico antecipa agora que o produto interno bruto (PIB) avance 3% este ano, mais 1,1 pontos percentuais do que os 1,9% estimados em agosto, em grande medida graças ao dinamismo da indústria farmacêutica, em particular da gigante Novo Nordisk.
Para o próximo ano, as perspetivas de crescimento económico passaram dos 2,2% anteriores para 2,9%. Em 2026, a economia dinamarquesa deverá abrandar e expandir-se apenas 1,7%, de acordo com as previsões do Governo.
"A produção e as exportações da indústria farmacêutica estão a alimentar grande parte do crescimento", refere o Ministério da Economia num comunicado.
"Apesar da grande e crescente importância da Novo Nordisk na economia dinamarquesa, não antecipamos um cenário em que se torne tão grande que o crescimento se possa resumir à Novo Nordisk", referiu a ministra da Economia em conferência de imprensa.
A rápida expansão da Novo Nordisk, que produz o medicamento para perda de peso Wegovy e o tratamento para diabetes Ozempic, tem impulsionado a Dinamarca a contrariar o abrandamento económico ou mesmo estagnação da maioria dos pares europeus.
O peso da Novo Nordisk na economia do país de seis milhões de habitantes reflete-se também no mercado laboral. Cerca de um quinto do crescimento do emprego na Dinamarca deve-se às contratações feitas pela gigante farmacêutica, que conta atualmente com cerca de 30 mil funcionários.
A Novo Nordisk tem atualmente uma capitalização bolsista de 455,9 mil milhões de euros, tendo em junho último chegado a valer 615,4 mil milhões de euros.