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Conte desiste de formar Governo em Itália
Giuseppe Conte foi mandatado para formar Governo, mas desistiu após a insistência do presidente da República sobre o ministro da Economia.
Conte tinha sido o nome escolhido para formar governo em Itália, mas sua escolha para ministro da Economia terá ditado este desfecho.
Contudo, a formação do governo revelou-se difícil. Logo porque a escolha para o responsável que ficaria com a pasta das finanças não agradou a Mattarella. Paolo Savona foi a escolha de Conte, mas o economista eurocéptico de 81 anos terá sido uma barreira.
Este domingo, 27 de Maio, o presidente da República voltou a receber Conte, mas terá voltado a rejeitar o nome de Savona, de acordo com as agências de informação internacionais. Uma posição que terá sido determinante para a decisão de Conte.
Esta decisão poderá abrir caminho a que sejam convocadas novas eleições em Itália, um cenário que começou a ser afastado depois do 5 Estrelas e da Liga terem chegado a acordo sobre o primeiro-ministro.
A Bloomberg revela ainda que o presidente italiano chamou Carlo Cottarelli, um ex-director executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), para um encontro esta segunda-feira, 28 de Maio. A estação de televisão italiana RAI adianta que esta reunião poderá servir para que o presidente italiano convide Contarelli para formar um governo interino.
Se se confirmar esta intenção, Mattarella deverá avançar assim com o seu plano inicial: nomear um governo de transição apartidário para aprovar o Orçamento do Estado de 2019 no Parlamento, bem como a reforma da lei eleitoral.
"Concordei com todos os ministros, excepto o de ministro das Finanças", afirmou o presidente aos jornalistas este domingo. "Pedi uma pessoa que não representasse uma saída do euro", acrescentou. "Agora há forças políticas que me pedem eleições", adiantou.
"Trabalhámos durante semanas, dia e noite, para garantir o nascimento de um governo que defendesse os interesses dos cidadãos italianos. Mas alguém (sob pressão de quem?) disse-nos não", afirmou Salvini através de uma publicação na sua conta de Facebook. "Nesta altura, com a honestidade, coerência e coragem de sempre, devem dizer algo", adiantou, defendendo assim a realização de eleições.
(Notícia actualizada com mais informação)