Notícia
Comissão Europeia ainda mais pessimista com o PIB da Zona Euro em 2019
A Comissão Europeia reviu em baixa a previsão de crescimento económico da Zona Euro para 1,2% em 2019, a pior marca desde a recuperação económica.
A economia da Zona Euro vai desacelerar ainda mais do que se esperava, apesar da aceleração registada no primeiro trimestre. Nas projeções de Primavera de 2019 publicadas esta terça-feira, 7 de maio, a Comissão Europeia revê em baixa o crescimento do PIB da Zona Euro em 2019 de 1,3% para 1,2%. A previsão para o conjunto da União Europeia também baixou uma décima para 1,4%.
A previsão assume que o setor industrial continuará "fraco", especialmente nos países onde existem problemas específicos na indústria automóvel como é o caso da Alemanha, a maior economia da Zona Euro. É exatamente na economia alemã que há uma das maiores diferenças: a previsão passa de 1,1% em fevereiro para um crescimento de apenas 0,5%.
Com as exportações a travar a fundo, Bruxelas considera que só poderá "contar inteiramente com a atividade doméstica" para acelerar a economia. O dinamismo do mercado interno deverá beneficiar do nível de desemprego em mínimos históricos, orçamentos ligeiramente expansionistas, as condições de financiamento favoráveis e a pressão para os salários subirem.
Certo é que os riscos mantêm-se: o protecionismo, a desaceleração na China, a saída incerta do Reino Unido e as disrupções no setor industrial. Contudo, à porta de eleições, a Comissão Europeia também alerta para o risco do "aumento da incerteza política e políticas menos amigas do crescimento podem resultar num recuo do investimento privado".
Apesar de se mostrar ainda mais pessimista com 2019, Bruxelas continua otimista em relação a 2020, ainda que menos do que em fevereiro nas previsões intercalares de Inverno. No próximo ano, o PIB deverá crescer 1,5% na Zona Euro e 1,6% na UE, ambas revistas em baixa numa décima.
"Em 2020, espera-se que os fatores internos adversos desapareçam e que a atividade económica fora da UE recupere", antecipa a Comissão, argumentando que tal será possível com os estímulos em alguns economias emergentes e a melhoria das condições de financiamento a nível mundial.