Notícia
Centeno anuncia "novo ciclo" na liderança e políticas do Eurogrupo
O ainda presidente do Eurogrupo diz que é "altura de proteger o euro de estratégias divergentes".
Antes do início da reunião desta quinta-feira dos ministros das Finanças da Zona Euro, Mário Centeno recorreu às redes sociais para assinalar que o Eurogrupo vai entrar num "novo ciclo" em termos de liderança, mas também de políticas.
No vídeo de antecipação da reunião, que colocou no Twitter, Centeno repete que "depois de uma decisão ponderada", decidiu não se recandidatar a segundo mandato na liderança do Eurogrupo, sendo que hoje mesmo vai informar os seus colegas do processo para eleger o seu sucessor.
A new cycle is coming to #Eurogroup. On leadership and also on policy.
We will talk about this at the Eurogroup today, starting at 15:30 (Brussels time) pic.twitter.com/jYpT3mJgcb — Mário Centeno (@mariofcenteno) June 11, 2020
Na lista de candidatos a próximo presidente do Eurogrupo está a ministra espanhola, Nadia Calviño, o luxemburguês Pierre Gramegna, o irlandês Paschal Donohoe e o italiano Roberto Gualtieri.
A eleição está prevista para a reunião do Eurogrupo de 9 de julho, a última antes do verão e a derradeira conduzida por Centeno, que é o primeiro presidente do fórum informal de ministros da Zona Euro a não cumprir mais do que um mandato, depois de Jean-Claude Juncker ter desempenhado o cargo entre 2005 e 2013 e de o holandês Jeroen Dijsselbloem ter cumprido dois mandatos, entre 2013 e 2018.
No vídeo publicado nas redes sociais o ministro das finanças português demissionário fala também de um novo ciclo nas políticas do Eurogrupo, que já chegou a acordo para um pacote de emergência de 540 mil milhões de euros de apoio a famílias, empresas e países.
Centeno congratula-se ainda com a definição dos principais pontos que constam no fundo de recuperação que foi proposto pela França e Alemanha e depois pela Comissão Europeia.
O ainda presidente do Eurogrupo diz que é agora "altura de proteger o euro de estratégias divergentes". Acrescenta que é importante "assegurar que as perspetivas da Zona Euro são tidas em conta na forma como vamos gastar os novos recursos".