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Bruxelas não acredita em défice espanhol para 2017 e pede mais ajustamentos

Comissão deu luz verde ao Orçamento do Estado para 2017, mas deixa avisos: a meta do Governo para o défice não deverá ser cumprida e é bem possível que seja preciso tomar medidas adicionais.

Angel Navarrete/Bloomberg
17 de Janeiro de 2017 às 11:52
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Apesar de ter apresentado um orçamento para 2017 que até respeita os requisitos impostos pela Comissão Europeia e de ter feito vários aumentos fiscais, Espanha terá de ir mais longe. De acordo com um relatório da Comissão Europeia, a que o El País teve acesso, Bruxelas acredita que o défice público vai ficar nos 3,3%, duas décimas acima da meta do Governo. Por isso, diz a Comissão, "devem estar prontos para aprovar medidas adicionais".

A confirmar-se mais um incumprimento, seria o sexto fracasso de Mariano Rajoy em seis anos, lembra o jornal. Além disso, a Comissão também não está optimista em relação a 2018, antecipando também para esse ano uma nova derrapagem e situando o défice nos 2,8% do PIB, acima dos 2,2% acordados.

Neste contexto, a Comissão "convida" o Governo a "estar pronto para tomar medidas adicionais", se os desvios "envolvem um maior risco de fracasso". Por outras palavras, escreve o El País, a cumprirem-se as previsões de Bruxelas o Executivo de Rajoy será forçado a avançar com novos cortes ou com mais aumentos de impostos para equilibrar as contas.

Para 2017, Bruxelas estima que o PIB espanhol cresça 2,3%, em linha com o previsto pelo FMI, mas abaixo das previsões do Governo, de 2,5%.

 

Rajoy não começará muito bem o novo mandato, tendo em conta que na sua última campanha eleitoral prometeu baixar impostos. No Orçamento para 2017 avançou já com aumentos na tributação das sociedades, álcool, tabaco, bebidas açucaradas e impostos ambientais. Fica também em aberto a possibilidade de aumentar o imposto sobre os combustíveis, caso seja necessário. 

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