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Bilionário russo dos fertilizantes alerta para risco de "crise alimentar global"

Fim das exportações de fertilizantes da Rússia afetará o preço dos alimentos em todo o mundo, alerta Andrei Melnichenko, dono de uma das maiores empresas mundiais de fertilizantes. Preços deverão aumentar e risco de escassez também.

14 de Março de 2022 às 10:52
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A suspensão das exportações de fertilizantes da Rússia pode originar uma "crise alimentar global". O alerta foi deixado esta segunda-feira pelo bilionário russo Andrei Melnichenko, em entrevista à Reuters, onde recorda que a Rússia é dos maiores produtores mundiais de fertilizantes e que o fim das exportações afetará o preço dos alimentos.

Andrei Melnichenko, que figura entre os empresários mais ricos da Rússia que vieram apelar publicamente ao fim do conflito na Ucrânia, considera que "uma das vítimas desta guerra será a agricultura e a alimentação" e que, se as cadeias de abastecimento de alimentos tinham sido interrompidas pela pandemia, agora serão ainda mais. 

Segundo o bilionário russo que lidera a EuroChem (uma das cinco maiores empresas de fertilizantes), os preços desses produtos (que são uma das principais importações da União Europeia à Rússia) estão a ser subir tão rápido que, em breve, muitos agricultores não terão margem financeira para comprar nutrientes para o solo – potássio, fósforo e azoto. 

"[O conflito na Ucrânia e as sanções económicas aplicadas à Rússia] levarão a uma subida dos preços nos alimentos ainda mais alta na Europa e provavelmente à escassez nos países mais pobres", refere.

Estima-se que a produção de fertilizantes na Rússia corresponda a cerca de 13% da produção mundial. A União Europeia é um dos principais importadores e deverá ser dos afetados pela interrupção temporária das exportações decretada pelo presidente russo, Vladimir Putin, no início do mês.

Com os preços dos fertilizantes a aumentarem, o Governo russo deixou um aviso ao Ocidente: "Se continuarem a criar problemas ao financiamento e logística na entrega dos nossos bens, os preços vão aumentar e isto vai afetar o preços dos produtos alimentares".
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