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BCE: Turbulência nos países emergentes não deverá afectar a Europa

Membro do Conselho do BCE, Christian Noyer, diz que não há razão nenhuma para a Europa ser contagiada pela turbulência dos mercados emergentes, que estão a ser penalizadas por receios sobre o crescimento da economia mundial.

Negócios 27 de Janeiro de 2014 às 13:20
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Christian Noyer, Governador do Banco de França e membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), considerou, esta segunda-feira, que a turbulência nos mercados emergentes não deverá afectar a recuperação económica da Europa.

 

“Falando em termos gerais, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em alta as suas estimativas para o crescimento da economia mundial, por isso não há nenhuma razão, em particular, para que a Europa seja afectada pelos problemas de um pequeno número de países”, sublinhou Noyer, citado pela Bloomberg.

 

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional fez uma revisão em alta das perspectivas de crescimento da economia global. A instituição liderada por Christine Lagarde acredita que a economia mundial deverá avançar 3,7% este ano, em vez dos 3,6% avançados em Outubro.

 

Ainda assim, as preocupações relativas ao crescimento global têm afectado as economias dos chamados países emergentes, sobretudo face à ameaça de um abrandamento do crescimento da China. A segunda maior economia do mundo cresceu 7,7% no último trimestre de 2013 (em termos homólogos, comparando com o 4º trimestre de 2012), de acordo com os dados divulgados na semana passada pelo gabinete estatístico do país. É um valor que compara com o crescimento de 7,8% registado no trimestre anterior.

 

Também a produção industrial abrandou o ritmo de crescimento, ao avançar 9,7% em Dezembro, face ao crescimento de 10% registado em Novembro.

 

As bolsas dos mercados emergentes tiveram o pior arranque de ano desde 2009 e as moedas, desde a turca à sul-coreana, desvalorizaram na sequência destes receios. Uma realidade acentuada, no final da semana passada, com o banco central da Argentina a reduzir os controlos sobre o valor do peso, após ter permitido que a divisa depreciasse face ao dólar, renovando um mínimo de 2002. O país está a alterar a política monetária em resposta à crise financeira que atravessa e à queda das reservas de moeda estrangeira.

 

A depreciação do peso argentino começou por contagiar outras divisas de mercados emergentes, levando moedas como o relativamente sólido peso mexicano, a lira turca e o rublo russo a desvalorizarem. 

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