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Aumenta pressão sobre Scholz para antecipar moção de confiança
Primeiro foi o líder a da oposição, agora são dois membros da sua própria coligação: há cada vez mais vozes a pedirem ao chanceler alemão que antecipe a moção de confiança, de modo a esclarecer rapidamente qual será o calendário eleitoral.
Aumenta a pressão sobre o chanceler alemão Olaf Scholz para antecipar a moção de confiança a que prometeu submeter-se a 15 de janeiro e que poderá abrir caminho a eleições antecipadas.
Dois membros dos Verdes - Anton Hofreiter e Irene Mihalic -, partido que integra a coligação de Governo na Alemanha, disseram ao jornal Bild que defendem que a moção deveria ser apresentada em dezembro. É um calendário intermédio entre o que defende Scholz e o pedido pelo líder da oposição, Friedrich Merz (CDU), que quer ver a moção avançar já para a semana, de modo a ser possível organizar eleições em janeiro, ao invés de março.
"Olaf Scholz deve avançar com uma moção de confiança em dezembro para que tudo possa estar clarificado antes do Natal e do Ano Novo", disse Hofreiter ao jornal alemão.
Scholz anunciou na passada quarta-feira que iria demitir o ministro das Finanças e líder do Partido Democrático Livre (FDP), Christian Lindner. A coligação tripartidária que forma o Governo alemão ficou, assim, em risco.
O anúncio de Scholz surgiu após uma reunião dos líderes dos três partidos - o Partido Social Democrata (SPD), de Scholz, o FDP e os Verdes - na chancelaria, durante a qual Lindner disse ao líder do Governo que não via forma de a coligação prosseguir e apelou à convocação de eleições antecipadas. Em causa estão as divergências persistentes sobre reformas económicas que se acentuaram com a publicação de um manifesto pelo FDP exigindo reformas liberais que dificilmente poderão ser aceites pelos parceiros de coligação.
As eleições alemãs estão marcadas para 28 de setembro de 2025, mas a moção de confiança, caso seja rejeitada, fará antecipar o calendário.