A atividade empresarial na Zona do Euro, revelada no índice de gestores de compras ou PMI, encolheu pelo segundo mês consecutivo em agosto, para 49,2 pontos. Em julho, descera para os 49,9 pontos, depois de 16 meses de crescimento.

A queda do PMI compósito da Zona Euro, divulgado pela estimativa rápida da S&P Global,  já era esperada, com alguns analistas a temerem mesmo uma descida maior, até aos 49,0 pontos.

Segundo a Bloomberg, há explicações para os dados: além de diminuições na produção, a recuperação que se vinha a sentir depois dos bloqueios pandémicos em setores como o turismo praticamente estagnou, perante as subidas acentuadas nos custos de energia e alimentos para os consumidores.

Os analistas referem ainda que a queda da atividade económica na área do euro por dois meses aumenta os temores de uma recessão. Os dados "apontam para uma economia em contração durante o terceiro trimestre" à medida que a subida da inflação leva a quebras na procura, disse o economista da S&P Global, Andrew Harker, na terça-feira, num comunicado citado pela agência financeira.

A queda na produção parece também estar a chegar a mais setores, "desde materiais básicos e empresas automobilísticas até ao turismo e às empresas imobiliárias", diz o mesmo responsável. Na Alemanha, o índice registou a quebra mais acentuada desde junho de 2020.