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Alemanha escapa por pouco à recessão em 2023, mas inflação resiste

Os principais institutos que fazem previsões para a maior economia europeia apontam para um ligeiro crescimento de 0,3%. Arranque do ano melhor do que o esperado explica o desempenho positivo. Inflação terá um ligeiro recuo ao longo do ano.

Hannibal Hanschke / Reuters
05 de Abril de 2023 às 11:44
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A Alemanha deverá conseguir evitar a recessão este ano, segundo as previsões divulgadas esta quarta-feira pelos principais institutos germânicos que fazem projeções para a maior economia europeia. E tudo por causa de um melhor desempenho no arranque de 2023.


De acordo com os cinco principais institutos do país, a economia alemã terá crescido 0,1% no primeiro trimestre do ano, depois da contração no final de 2023, de 0,4%. "É provável que a evolução económica neste inverno tenha sido menos severa do que o temido no outono", afirmou Timo Wollmershaeuser, chefe do departamento de previsões do instituto Ifo, com sede em Munique, citado em comunicado.

A explicar este melhor desempenho económico está "uma menor perda de poder de compra das famílias em resultado de uma queda significativa nos preços da energia", detalha o economista.


Já a inflação deverá manter-se elevada ao longo deste ano, acabando por registar uma ligeira redução de 9 décimas de 6,9% para 6%.


De acordo com o Ifo, "as medidas de apoio do governo e os aumentos salariais estão a fortalecer a procura doméstica e a mantendo a inflação alta", esperando que apenas "no próximo ano a pressão inflacionista também diminuirá, reduzindo a taxa de inflação sensivelmente para 2,4%". Em 2024, o produto interno bruto (PIB) deverá ter uma expansão mais forte, mas de apenas 1,5%.


As principais instituições alemãs que fazem previsões económicas apontam para boas notícias no mercado de trabalho, com o número de pessoas empresas a aumentar, passando de 45,6 milhões em 2022 para 45,9 milhões este ano e 46 milhões no próximo. E a taxa de desemprego deverá voltar a descer no horizonte da previsão.


Em relação às contas públicas, o défice orçamental deverá reduzir-se ligeiramente para 2,2% do PIB nominal deste ano, tendo em conta "a política expansionista" de Berlim, esperando que "apenas no próximo ano a política seja mais restritiva, reduzindo o défice para 0,9%.

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