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Trabalho temporário recuperou e cresceu 14% no ano passado

Houve 388 mil colocações de trabalho temporário no ano passado, num crescimento de 14% face ao primeiro ano anterior, mas para níveis que ficam abaixo do pré-pandemia. No último trimestre, as colocações recuaram, o que pode ser explicado com fatores sazonais.

Jorge Miguel Gonçalves
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O trabalho temporário registou 388 mil colocações no ano passado, num aumento de 14% face ao primeiro ano da pandemia (2020), de acordo com o barómetro divulgado esta quarta-feira pela Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE) e pelo ISCTE.

Em comunicado, Afonso Carvalho, presidente da APESPE, explica que apesar do crescimento "estamos ainda com valores de contratação abaixo de 2019", acrescentando que "o mercado de trabalho temporário ainda necessita de estabilizar, nesta nova fase de reabertura total das atividades, sem restrições".

No último trimestre do ano, o trabalho temporário "estabilizou" em termos homólogos, com "ligeiros" crescimentos. Trata-se de um período em que o emprego sofreu, em geral, uma retração face ao trimestre anterior. A APESPE explica esta quebra do final do ano com fatores sazonais.

"O aumento no número de colocações no 4º trimestre de 2021 face ao mesmo período do ano anterior foi de +4,3%", para 94,7 mil. "No entanto, existe no 4º trimestre uma ligeira diminuição de -1,7% relativamente às colocações do trimestre anterior (100.480), o que pode ser explicado pela contratação sazonal no verão".

 

Fornecimento de refeições em primeiro lugar

 

As empresas de fornecimento de refeições (para eventos e não só) foram as que mais recorreram ao trabalho temporário no último trimestre de 2020, com 9% do total de colocações, mas a indústria também ocupa um lugar de destaque.

 

A fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis está no entanto a perder peso face aos trimestres anteriores, "representando cerca de 7% a 9%".

Por profissões, destacam-se as "outras profissões elementares" (entre 20%-23%), seguindo-se os "empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes" (cerca de 19%)". Em terceiro lugar surgem os "trabalhadores qualificados do fabrico de instrumentos de precisão, joalheiros, artesãos e similares" (11%).

O comunicado não divulga dados sobre salários. Tal como o Negócios noticiou na terça-feira, a partir de dados da Inspeção-Geral de Finanças (IGF), as empresas de trabalho temporário destacam-se claramente nas lista das que receberam maiores apoios do Estado a propósito do aumento do salário mínimo nacional.


Notícia atualizada às 12:46 com mais informação

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