Notícia
Desempregados inscritos no IEFP baixam 16% no arranque do ano
O número de pessoas registadas nos centros de emprego quebrou face a Janeiro de 2017 e subiu 3% em relação a Dezembro. Para encontrar um valor mais baixo no início de um ano é preciso recuar até 2008.
O número de desempregados registados nos centros de emprego ascendia a 515.539 no final do mês de Janeiro, em resultado de uma queda de 16% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo os dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Para encontrar um valor mais baixo no arranque de um ano é preciso recuar até 2008.
Numa nota publicada esta quarta-feira, 21 de Fevereiro, o instituto salientou que para o decréscimo homólogo de 79.191 mil pessoas contribuíram, em particular, os homens (-19%), as pessoas com mais de 25 anos (-15,5%), os inscritos há um ano ou mais (-17%), os que procuram novo emprego (-16%) e os que estudaram apenas até à quarta classe (-20%).
Em termos geográficos, a diminuição face a Janeiro de 2017 teve maior impacto no Alentejo (-18,6%) e na região de Lisboa e Vale do Tejo (-17,3%), embora tenha abrangido todas as regiões. Essa transversalidade repetiu-se também em termos sectoriais, com destaque para o decréscimo na construção. Com menos 12,2 mil listados, justificou quase um quinto da redução global do número de desempregados à procura de novo emprego neste período.
Face a Dezembro de 2017, no entanto, os cadernos do IEFP registaram em Janeiro mais 11.768 desempregados, correspondente a um aumento de 3%. Esta subida no primeiro mês do ano aconteceu, pelo menos, nos últimos dez anos, sendo o acréscimo em cadeia do desemprego maioritariamente explicado pela entrada de pessoas à procura de novo emprego (+2,6%) e com mais de 25 anos (+2,9%).
No final de Janeiro deste ano havia ainda 194,9 mil pessoas em situação de desemprego de longa duração inscritas nos centros de emprego e o desemprego jovem situava-se nas 46,8 mil pessoas. Apesar destes valores, face a Janeiro de 2017 houve um recuo de 17% e de 19,7%, respectivamente.
Ao longo da actual legislatura o desemprego registado teve um decréscimo global de 25,2%, sendo que em Janeiro existiam menos 140 mil desempregados inscritos nos centros de emprego do que no final de 2015.