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Trabalhadores por conta própria: o que os move e de que se queixam?

São as boas oportunidades que convencem as pessoas a tornarem-se trabalhadores por conta própria. Mas em Portugal, ao contrário do que acontece na União Europeia, a falta de clientes e os pagamentos em atraso são as principal queixas.

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São sobretudo as boas oportunidades que convencem a maior fatia de trabalhadores a assumir um projecto por conta própria, apesar de a falta de outro emprego também ser relevante em Portugal.

Mas em Portugal as pessoas queixam-se mais de falta de clientes e de pagamentos em atraso do que da carga administrativa, que é a principal queixa dos trabalhadores por conta própria na União Europeia.

Os resultados de um inquérito publicado esta terça-feira pelo Eurostat começam por mostrar que a resposta a uma oportunidade é a principal razão para iniciar um negócio na maioria dos países da União Europeia, com 23% dos inquiridos a escolherem esta razão.

Em Portugal, a percentagem é ainda mais elevada (28%). A vontade de continuar um negócio familiar (17%) ou o facto de as pessoas não terem encontrado um trabalho como dependentes também é relevante (15%) e neste último caso superior à média europeia (11%). Muito inferior é a percentagem de portugueses que justificam esta opção com a flexibilidade de horários (3%), quando comparada com a da União Europeia (11%).

Falta de clientes e pagamentos em atraso são as principais queixas

Mais de um quarto dos trabalhadores por conta própria na União Europeia (28%), tal como Portugal (26%), parecem relativamente satisfeitos, na medida em que não identificam dificuldades específicas inerentes ao facto de terem lançado um negócio próprio. Os restantes queixam-se.

Períodos de tempo sem clientes ou sem encomendas (21%) e pagamentos em atraso ou não concretizados (19%) são as dificuldades identificadas de forma mais expressiva pelos portugueses, sobretudo quando comparados com as médias da União Europeia, bastante mais baixas (12% nos dois casos).

Inversamente, os portugueses queixam-se menos do que os europeus dos custos administrativos (8% em Portugal contra 13% na Europa).

Com base em dados de 2017, o gabinete de estatísticas europeu identifica 33 milhões de trabalhadores por conta própria na União Europeia, num total de 228 milhões de pessoas empregadas.

O Eurostat explica que mais de quatro em cada cinco trabalhadores por conta própria na União Europeia não depende de um cliente dominante.

Em Portugal, 70% dos inquiridos afirma que teve mais de nove clientes nos últimos doze meses e que nenhum era dominante (contra 61% na União Europeia).

Já 14% referiram que tiveram um cliente ou mais nos últimos doze meses e que um deles era dominante (18% na União Europeia).

 

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