Notícia
Salário mínimo em toda a União Europeia já causa críticas
A Comissão Europeia ainda não apresentou nenhuma proposta concreta, mas o facto de Ursula Von der Leyen ter defendido um salário mínimo para todos os países da União Europeia já está a causar polémica. Países como a Dinamarca dizem é importante salvaguardar a negociação coletiva.
02 de Janeiro de 2020 às 10:35
A intenção de introduzir o salário mínimo em todos os países da União Europeia já está a gerar a oposição de alguns países, como a Dinamarca, que alertam que a medida pode prejudicar a negociação coletiva.
Em julho, quando tentava convencer os eurodeputados a garantirem-lhe a presidência da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen prometeu introduzir um "enquadramento" para o salário mínimo na União Europeia, respeitando as diferenças entre os mercados de trabalho.
O objetivo de Bruxelas é a convergência de salários num nível mais alto, dadas as disparidades de salários. Mas a Comissão ainda não fez nenhuma proposta concreta ou decidiu de que forma legal avançaria nesse sentido, estando prevista uma consulta aos Estados-membros em meados de janeiro.
Mas, segundo descreve o Financial Times na sua edição desta quinta-feira, 2 de janeiro, a intenção já está a criar celeuma. Representantes e governantes de países onde a negociação entre sindicatos e patrões é comum na definição de salários mostraram-se contra um 'standard' europeu, temendo que venha a ser prejudicial aos seus próprios sistemas.
É o caso da Dinamarca. Embora tenha recebido garantias de que a Comissão não pretende prejudicar a negociação coletiva, o ministro do Emprego dinamarquês confessou que só ficará "descansado depois de ver os detalhes da proposta escritos".
"Preocupa-nos que a diretiva não contenha as exceções ou salvaguardas necessárias para o nosso sistema", disse Peter Hummelgaard numa entrevista citada pelo FT. "O princípio básico do modelo dinamarquês é que não há interferência política" nas negociações entre patrões e sindicatos.
A Dinamarca é um dos seis países entre os 28 Estados-membros que não têm salário mínimo definido na lei. O mesmo acontece com a Finlândia, Suécia, Áustria, Itália e Chipre.
Em julho, quando tentava convencer os eurodeputados a garantirem-lhe a presidência da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen prometeu introduzir um "enquadramento" para o salário mínimo na União Europeia, respeitando as diferenças entre os mercados de trabalho.
Mas, segundo descreve o Financial Times na sua edição desta quinta-feira, 2 de janeiro, a intenção já está a criar celeuma. Representantes e governantes de países onde a negociação entre sindicatos e patrões é comum na definição de salários mostraram-se contra um 'standard' europeu, temendo que venha a ser prejudicial aos seus próprios sistemas.
É o caso da Dinamarca. Embora tenha recebido garantias de que a Comissão não pretende prejudicar a negociação coletiva, o ministro do Emprego dinamarquês confessou que só ficará "descansado depois de ver os detalhes da proposta escritos".
"Preocupa-nos que a diretiva não contenha as exceções ou salvaguardas necessárias para o nosso sistema", disse Peter Hummelgaard numa entrevista citada pelo FT. "O princípio básico do modelo dinamarquês é que não há interferência política" nas negociações entre patrões e sindicatos.
A Dinamarca é um dos seis países entre os 28 Estados-membros que não têm salário mínimo definido na lei. O mesmo acontece com a Finlândia, Suécia, Áustria, Itália e Chipre.