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Parlamento espanhol aprova "licença menstrual" de cinco dias. Portugal discute três dias

Espanha torna-se o primeiro país europeu a avançar com legislação para dar maior proteção laboral às mulheres que sofram de dores menstruais severas e incapacitantes. Licença menstrual aprovada pode ir até cinco dias e é totalmente paga pela Segurança Social.

Legisladores e supervisores de todo o mundo têm aumentado, ao longo da última década, a pressão pela paridade género na gestão empresarial.
GettyImages
16 de Fevereiro de 2023 às 19:00
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O Parlamento espanhol aprovou esta quinta-feira, em votação final global, a criação de uma "licença menstrual" para mulheres que sofram de dores menstruais severas. Espanha torna-se assim o primeiro a avançar com legislação nesse sentido na Europa, enquanto em Portugal um projeto de lei semelhante será votado esta sexta-feira.

O projeto-lei aprovado no Parlamento espanhol prevê a criação de licenças para mulheres que tenham menstruações "dolorosas e incapacitantes", que serão totalmente pagas pela Segurança Social. Essa "licença menstrual" pode ir até cinco dias e dispensa que as mulheres afetadas façam um pedido mensal de uma baixa médica.

O diploma foi aprovado com 185 votos a favor, 154 contra e 3 abstenções. No Twitter, a ministra da Igualdade Irene Montero reagiu à votação, escrevendo que este "é um dia histórico para o progresso feminista". Fora da Europa, há já outros países, como o Japão, Indonésia e Zâmbia, que têm legislação semelhante para proteger as mulheres com dores menstruais severas.

A proposta já tinha sido aprovada em Conselho de Ministros espanhol, em maio de 2022, mas esteve desde então em discussão no Parlamento espanhol.

Além da licença menstrual, o Parlamento espanhol aprovou também a distribuição de forma gratuita de produtos de higiene menstrual e pílulas contracetivas em escolas, centros sociais e prisões, para combater "a pobreza menstrual", e foi aprovada a mudança de género a partir dos 16 anos, sem obrigação de atestado médico e de comprovativos de tratamentos hormonais durante pelos menos 2 anos, como acontecia até agora.

Por cá, o Parlamento português vai votar esta sexta-feira projetos-lei de todos os partidos (à exceção do PSD) que visam dar uma maior proteção às mulheres que sofrem de endometriose e adenomiose.
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