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Pacto de empresas do Norte trava emigração de 600 engenheiros e faz regressar 56
Mais 11 empresas assinam esta segunda-feira o pacto com a Ordem dos Engenheiros da Região Norte, passando a 37 as que já subscreveram um compromisso que, na primeira metade deste ano, fez aumentar a os contratos sem termo em 20% e a remuneração média dos profissionais em 5%.
Em janeiro deste ano, um conjunto de 11 empresas portuguesas totalizando uma faturação superior a 2.000 milhões de euros, assinaram com a Ordem dos Engenheiros da Região Norte (OERN) o "Pacto para a Qualidade e Valorização do Trabalho dos Engenheiros".
Desde então, o pacto foi já assinado por mais 15 empresas, passando para 26 as subscritoras do documento, com a OERN a anunciar que esta segunda-feira, 9 de dezembro, juntar-se-ão mais 11.
Eis as 37 empresas que "também se comprometem a conciliar objetivos que prossigam compromissos na melhoria das oportunidades de trabalho dos engenheiros, assim como no incremento de condições para o desenvolvimento pessoal, social e profissional, concretizando uma mudança real no atual contexto profissional da engenharia":
Mota-Engil, Painhas, A400, ACA, BIMMS, Casais, DouroGas, Efacec, GEG, Infraspeak, Sopsec, Vialsil, PPSEC, KEO Portugal, JFA Engenharia, VHM, Centro de Estudos do Património, Jayme da Costa, PQF Engnheiros, Pinto & Varandas Engenharia – Tykhe, Tabique, Conduril, Proef, Lipor, CEiiA, Sevenforma, Adão da Fonseca – Engenheiros Consultores, Bragalux, Core Concept, Energy Drawing Systems, Excellens, Gabriel Couto, Gesconsult, MPT-Mobilidade e Planeamento do Território, NCREP, Schmitt-Elevadores, Techonis e MCA Group.
Entretanto, analisados os dados e o impacto desta iniciativa no primeiro semestre de 2024 das empresas subscritoras, a OERN garante que, depois de assumido o pacto, entre outros efeitos, "a remuneração média dos engenheiros/as aumentou 5%", a "execução de atos de engenharia por profissionais habilitados para o exercício da profissão aumentou 11%" e "os contratos sem termos aumentaram 20%".
A OERN afiança, também, que "no primeiro semestre de 2024 foram contratados mais de 600 recém-licenciados pelas empresas subscritoras da região Norte, evitando desta forma que saíssem do país", e que as mesma promoveram "o regresso de 56 profissionais que se encontravam a trabalhar no estrangeiro".
Num universo de 17. 600 trabalhadores, as empresas subscritoras "integram 3.250 profissionais de engenharia", realça a mesma organização.
Alinhada com a Agenda do Trabalho Digno, a OERN diz que "pretende continuar a identificar e promover ativamente a designação de melhores condições de trabalho para um adequado e eficiente exercício da profissão pelos engenheiros, considerando parâmetros como ambiente de trabalho, remunerações, benefícios, progressão de carreiras, formação, desenvolvimento de competências, recursos, flexibilidades e equilíbrios proporcionados entre a vida profissional e pessoal que atualmente trabalhem no estrangeiro".
10 compromissos assumidos pelas empresas signatárias:
1- Aumentar a remuneração dos Engenheiros;
2- Garantir a execução de atos de Engenharia por engenheiros qualificados para o exercício da profissão e em conformidade com os respetivos níveis de qualificação;
3- Proporcionar um ambiente de trabalho saudável e seguro;
4- Incentivar uma tipologia de contrato de trabalho estáveis;
5- Promover de oportunidades e diversidade nas condições de trabalho dos engenheiros;
6- Desenvolver um programa de formação e desenvolvimento dos colaboradores;
7- Integrar profissionalmente Engenheiros com base num plano de desenvolvimento de competências;
8- Contratar recém-licenciados nas escolas de ensino superior nacionais em condições superiores aos definidos nos programas públicos de apoio;
9- Fomentar o regresso de Engenheiros que trabalhem no estrangeiro;
10- Promover práticas de sustentabilidade responsáveis.