Notícia
José Vieira da Silva e Carvalho da Silva defendem redução do tempo de trabalho
Vieira da Silva disse ser "um debate que deveria mobilizar a sociedade", admitindo ter "simpatia pela semana dos quatro dias".
21 de Setembro de 2022 às 20:21
O ex-ministro do Trabalho e da Economia José Vieira da Silva e o antigo secretário-geral da CGTP Manuel Carvalho da Silva defenderam esta quarta-feira a necessidade de um debate sobre a redução do tempo de trabalho.
Numa conferência promovida pelo Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social sobre a Agenda do Trabalho Digno, que decorreu na Culturgest, em Lisboa, o ex-ministro do governo socialista defendeu a necessidade de reduzir o tempo de trabalho.
"O tempo de trabalho que existe na sociedade em que vivemos é injustificável", frisou, considerando ser necessário promover o debate sobre esta matéria e pensar em alternativas como a semana de quatro dias ou uma distribuição diferenciada de horários ao longo da vida.
Vieira da Silva disse ser "um debate que deveria mobilizar a sociedade", admitindo ter "simpatia pela semana dos quatro dias".
Também Carvalho da Silva partilhou a ideia de debater o tema, mas alertou para o "perigo" de "entrar numa discussão focalizada num instrumento ou apenas via de lá chegar".
"Em determinados contextos trazer para a focalidade quatro dias é forma de continuar tudo na mesma", salientou, apontando outras formas como alterar o conceito de vida ativa e argumentando que o foco deve ser colocado na redução do tempo de trabalho e nos caminhos para lá chegar.
Já José da Silva Peneda, ex-ministro do Trabalho e antigo presidente do Conselho Económico e Social (CES), também participante no debate, considerou que existem matérias laborais sobre as quais "valeria a pena" uma comissão no parlamento com representantes dos partidos políticos.
Numa conferência promovida pelo Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social sobre a Agenda do Trabalho Digno, que decorreu na Culturgest, em Lisboa, o ex-ministro do governo socialista defendeu a necessidade de reduzir o tempo de trabalho.
Vieira da Silva disse ser "um debate que deveria mobilizar a sociedade", admitindo ter "simpatia pela semana dos quatro dias".
Também Carvalho da Silva partilhou a ideia de debater o tema, mas alertou para o "perigo" de "entrar numa discussão focalizada num instrumento ou apenas via de lá chegar".
"Em determinados contextos trazer para a focalidade quatro dias é forma de continuar tudo na mesma", salientou, apontando outras formas como alterar o conceito de vida ativa e argumentando que o foco deve ser colocado na redução do tempo de trabalho e nos caminhos para lá chegar.
Já José da Silva Peneda, ex-ministro do Trabalho e antigo presidente do Conselho Económico e Social (CES), também participante no debate, considerou que existem matérias laborais sobre as quais "valeria a pena" uma comissão no parlamento com representantes dos partidos políticos.