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Ainda há emprego bom e já, a ser criado e até prometido

Portugal não parou, continua a trabalhar e a tentar dar a volta à profunda crise em que está mergulhado. O ritmo de falências é medonho, os números do desemprego assustadores, mas ainda há muitas ofertas de emprego. Saiba onde.

Bruxelas pede a Portugal para reduzir duração máxima do subsídio de desemprego para 18 meses
27 de Fevereiro de 2013 às 23:55
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Há pouco mais de 20 anos, um funcionário mantinha-se, em média, 14 anos nas mesmas funções e empresa. Há 10 anos, apenas cinco anos. À entrada da nova década, somente três.

 

No próximo ano, estima-se que deverá estabilizar nos 16 meses. "Isto significa que, em média, a cada 16 meses iremos ser promovidos, despedidos ou, por iniciativa própria, mudarmos de organização", sintetiza Ricardo Peixe no guia prático "Emprego Bom e Já", que acaba de ser lançado e é prefaciado por Júlio Magalhães, que trocou, ao fim de 12 anos, a visibilidade da TVI pela direcção do Porto Canal.


O livro arranca com o autor a partilhar "os sete mitos" que diz encontrar "no dia a dia sobre encontrar emprego". Para ilustrar o terceiro mito encontrado, o de que "há pouquíssimo trabalho disponível", Peixe confidencia que, "ao ter lidado nos últimos três anos com mais de 100 empresas de todas as dimensões, ouvi dezenas de histórias sobre não conseguir encontrar candidatos ou os que aparecem não terem competência suficiente".


Peixe garante que "há trabalho", o problema está em "saber procurá-lo e conquistá-lo". Com esta obra, o autor promete ajudar os candidatos a "conquistar essas vagas", mas, apesar de ter contacto uma centena de empresas, não avança uma só oportunidade de emprego. É esse trabalho que o Negócios agora apresenta, tendo concluindo que em sectores como os da saúde, turismo, biotecnologia e TIC existem muitas empresas que têm em curso, ou prevêem lançar, grandes processos de recrutamento.


Há milhares de postos de trabalho em criação de Norte a Sul do País, incluindo nos Açores - em terra e até sobre o rio, para manipular tremoços ou prestar cuidados continuados a idosos. E o Fundão está em grande. Vá pelos seus dedos...

 

 

Saúde
Cuidados continuados não param de gerar emprego

 

O sector da saúde tem contratado profissionais e vai continuar, ainda que neste momento apenas o Montepio esteja activamente com uma política de emprego. O segmento dos cuidados continuados a idosos sobretudo é o que está a contratar mais pessoas. Fonte do Montepio explica que a Residências Montepio - Serviços de Saúde tem com 6% do total do mercado, o equivalente a um total de 715 camas. Também o grupo Mello e o BES apostaram neste segmento, mas neste momento os grupos estão mais concentrados em manter as operações actuais. O Montepio acaba por estar posicionado num segmento mais acessível do que os outros dois grupos e por isso tem outro público-alvo na prestação de cuidados continuados e de proximidade.


Montepio
O Montepio vai contratar 150 profissionais de saúde entre 2014 e 2015 para dois centros residenciais que a instituição está a concluir em Lisboa. Segundo adiantou ao Negócios fonte oficial do Montepio, em causa estão os empreendimentos Montepio Lisboa e Residência Montepio Parede II. Estas duas unidades "envolverão cerca de 15 milhões de euros de investimento".

 


Turismo
Três dezenas de hotéis para abrir em terra e mais cinco no rio

 

O sector hoteleiro português está em baixa, quer em termos de ocupação quer em receitas, mas este ano deverão abrir mais 29 unidades em todo o país. De acordo com a consultora imobiliária Worx, serão inaugurados 13 hotéis em Lisboa, cinco na região Centro e outros tantos no Alentejo, três no Norte, dois no Algarve e um na Madeira, num total de mais 2.700 novos quartos. Já a Douro Azul, inaugura no próximo mês mais dois navios-hotel, seguindo-se, no mês seguinte, a entrada em operação do "Spirit of Chartwell", que foi utilizado pela rainha Isabel II para comemorar o Jubileu no rio Tamisa. Dentro de um ano, será vez de colocar no rio mais dois navios-hotel. Entretanto, a ECS Capital promete colocar nos eixos o grupo CS.


Douro azul
A operadora de cruzeiros Douro Azul tem em curso um mega-processo de recrutamento de 222 vagas em 19 funções distintas, sobretudo para os seus novos navios-hotel, desde a área hoteleira até à manutenção e à condução de autocarros, passando pela náutica. E prevê criar mais 14 postos de trabalho no parque temático sobre os Descobrimentos, a abrir no final do ano.

 


Biotecnologia
Tremoços em Cantanhede, plantas no Fundão e algas nos Açores

 

O maior investimento de sempre num projecto de biotecnologia em Portugal, da ordem dos 30 milhões de euros, acaba de arrancar, em Cantanhede. A Converde já tem 21 pessoas a trabalhar na produção de um novo fungicida feito a partir do tremoço, e prevê contratar mais cerca de 80 nos próximos dois anos. No Fundão, investidores brasileiros apontam para breve a construção de um complexo de biotecnologia, que inclui laboratórios e estufas para melhoramento de plantas, com a autarquia local a antever a criar de 95 postos de trabalho neste projecto até ao próximo ano. Nos Açores, a Algicel vai investir 4,2 milhões de euros num projecto que inclui a produção de microalgas e suplementos alimentares antioxidantes, e prevê a criação de 12 postos de trabalho.


Converde
A Converde acaba de arrancar, em Cantanhede, com a produção de um novo fungicida feito a partir de uma proteína obtida do extracto do tremoço. Em causa está um investimento de 30 milhões de euros, o maior de sempre num projecto de biotecnologia em Portugal. Os promotores já contrataram 21 pessoas e prevêem criar mais 80 postos de trabalho até ao próximo ano.

 


TIC
Franceses criam 370 empregos no Porto e no Fundão

 

O sector das TIC (tecnologias da informação e comunicação) continua a gerar um volume de emprego muito apreciável em Portugal. De repente, duas multinacionais francesas anunciaram fortes investimentos no nosso País. A Altran escolheu o Fundão para instalar um centro de serviços na área das tecnologias de informação, prevendo criar 120 postos de trabalho neste concelho nos próximos dois anos. Já a Armatis inaugurou este mês um "contact center" no Porto, ocupando dois pisos no edifício Trindade Domus, na Baixa da cidade, tendo já contratado mais de seis dezenas de pessoas. E ainda tem perto de 200 vagas de emprego para quem fala fluentemente francês. Um requisito obrigatório, pois que os operadores dão assistência a clientes em França.


Altran
A francesa Altran, que emprega em Portugal cerca de 400 pessoas, escolheu o Fundão para abrir um centro de serviços "nearshore" (em países próximos), destinado a projectos de sistemas de informação e telecomunicações. Uma nova plataforma, num investimento próximo de meio milhão de euros, que vai levar à criação de 120 postos de trabalho.

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