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Taxa excepcional sobre mais-valias das petrolíferas poderá afectar Galp

O Governo aprovou ontem uma proposta de lei para a criação de uma taxa excepcional de 25% sobre as mais-valias potenciais das empresas petrolíferas resultantes da escalada do preço do petróleo. Para os analistas do BPI, esta notícia tem um impacto "ligeiramente negativo" para o dinheiro em caixa da Galp e "neutral" em termos contabilísticos. Já a ESR considera que estas mudanças fiscais têm impacto neutral no título.

11 de Julho de 2008 às 10:45
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O Governo aprovou ontem uma proposta de lei para a criação de uma taxa excepcional de 25% sobre as mais-valias potenciais das empresas petrolíferas resultantes da escalada do preço do petróleo. Para os analistas do BPI, esta notícia tem um impacto "ligeiramente negativo" para o dinheiro em caixa da Galp e "neutral" em termos contabilísticos. Já a ESR considera que estas mudanças fiscais têm impacto neutral no título.

“Nas nossas estimativas, o efeito do "stock" (83 milhões de euros no primeiro trimestre) poderá atingir entre os 1,2 mil milhões de euros e os 1,5 mil milhões de euros em 2008, assumindo que se mantenha o ambiente actual nos preços do petróleo”, refere a equipa de “research” do BPI. Este ano, os preços do petróleo já atingiram vários máximos históricos.

O Conselho de Ministros aprovou a utilização do método do FIFO, de modo que o ganho extraordinário obtido pela adopção deste contrário será sujeito a uma taxa de tributação autónoma de 25%.

Para os analistas Pedro Morais e Fernando Garcia, do ESR, esta notícia não tem impacto nos títulos da empresa, pois o método aprovado já é utilizado pelo banco de investimento.

O BPI destaca ainda que o novo regime fiscal apenas “implicará uma antecipação do imposto a pagar de cerca de 100 milhões de euros”, pelo que esta alteração “não é visível nos relatórios de contas de Lucros e Perdas (P&L) da Galp”.

O mesmo banco de investimento adianta que “os efeitos de ‘stock’ deverão ser limitados a não ser que os preços mantenham a mesma taxa de valorização durante todo o ano”.

“O impacto mais óbvio é que a Galp, sob o cenário actual dos preços do petróleo, vai testemunhar uma deterioração no seu capital de maneio implicando uma dívida líquida maior, uma situação que deve ser quase neutral” para a empresa.

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