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SkyEurope recusa assumir repatriamentos e reembolsos

A "low cost" SkyEurope, que hoje tinha voos de Lisboa para Viena e Praga, parou de voar e deixou milhares de passageiros sem ligações, designadamente de retorno aos locais de origem, e sem perspectivas de reembolso dos bilhetes, noticiou o "PressTur".

01 de Setembro de 2009 às 11:05
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A low cost SkyEurope, que hoje tinha voos de Lisboa para Viena e Praga, parou de voar e deixou milhares de passageiros sem ligações, designadamente de retorno aos locais de origem, e sem perspectivas de reembolso dos bilhetes, noticiou o “PressTur”.

Em Lisboa estavam previstos, hoje, voos à 1h30 para Viena (Brastislava desde que a SkyEurope teve que cessar as operações na capital austríaca) e à 1h50 para Praga, mas nem sequer chegaram os aviões que deveriam ter vindo dessas cidades e cerca de uma centena de passageiros ficou em terra.

“SkyEurope suspends its operations” (a SkyEurope suspende as suas operações) é o que informa hoje o site da "low cost", que no topo ainda tem o slogan “your best value in the sky” (o seu melhor valor no céu) com o símbolo de vencedora em 2008 do prémio “world airline” da SkyTrax.

A low cost diz nessa informação que não assume o retorno ao ponto de partida dos passageiros que já tinham iniciado as suas viagens, especificando que terão que procurar ligações noutras companhias às suas custas.

Quanto a reembolsos, a companhia diz que se os bilhetes lhe foram comprados directamente sem pagamento por cartão de crédito, “poderá não ser possível”.

Aos passageiros que pagaram as passagens com cartão de crédito a empresa diz-lhes que devem dirigir-se aos bancos para tentarem o reembolso dos percursos não utilizados e quanto aos que compraram através de agências de viagens ou operadores turísticos diz-lhes que devem “primeiro devem discutir o assunto com eles”.

A low cost, fundada em 2001 e que tinha começado a voar em Fevereiro de 2002, enfrentava dificuldades financeiras pelo menos desde finais do ano passado, tendo anunciado em Dezembro que tinha conseguido um financiamento de dez milhões de euros de uma uma joint-venture formada por investidores portugueses e gregos, “à luz de uma possível futura aquisição de uma participação na holding SkyEurope”.

Esses investidores portugueses eram alegadamente o Longstock Financial Group, compradores da extinta Air Luxor à família Mirpuri.

Cerca de seis meses depois, porém, a low cost entrava em protecção de credores e depois começou a ter que parar os voos, por não obterem mais crédito por parte dos aeroportos.

O que precipitou a situação foi a decisão ontem do Aeroporto de Praga de, à semelhança de Viena, parar os voos da SkyEurope por falta de pagamento.

Em seis anos de existência a SkyEurope nunca apresentou resultados positivos. No exercício terminado a 30 de Setembro de 2008, a low cost perdeu 18,94 milhões de euros e no anterior tinha perdido 15,68 milhões.

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