Notícia
"Credibilidade do Governo de Zapatero em matéria económica é baixa"
Em meados de 2008, a diplomacia norte-americana avaliava negativamente “a credibilidade” do governo espanhol em matéria económica. Num telegrama da embaixada norte-americana em Madrid, as autoridades dos Estados Unidos avisavam ainda, falando de 2009 e 2010, que “o próximo ano ou dois podem ser desagradáveis para o governo e para os espanhóis”.
16 de Dezembro de 2010 às 10:23
Em Outubro do ano passado, a secretária de Estado norte-americana, liderada por Hillary Clinton, pediu à sua embaixada em Madrid dados sobre o impacto da recessão na política económica espanhola e “a credibilidade de Zapatero e do seu gabinete”. Um pedido destinado a avaliar a influência da vice-presidente do Executivo espanhol, Elena Salgado, e actualizar a avaliação feita no ano anterior, escreve o “El País”, citando despachos dos serviços diplomáticos dos Estados Unidos.
Em meados de 2008, a embaixada norte-americana em Madrid escrevia a Washington dizendo que “a credibilidade de Zapatero e do seu Governo em matéria económica é baixa. O próximo ano ou dois podem ser desagradáveis para o Executivo e para os espanhóis”. Nesse mesmo período, numa avaliação ao pacote de medidas destinadas a relançar a economia, os diplomatas dos EUA admitiam que “as declarações de Zapatero deram a muita gente a impressão de que está minimizando intencionalmente o problema ou não entende a sua gravidade”.
Já em encontros com a embaixada, em Julho de 2008, o então vice-presidente do Governo, Pedro Solbes, dizia que Espanha estava a enfrentar “uma tempestade perfeita” de circunstâncias económicas adversas. O despacho enviado para Washington dizia que Solbes “parecia surpreendentemente relaxado para alguém que estava no epicentro da tempestade económica espanhola”.
Um ano mais tarde, já depois de Salgado ter assumido a vice-presidência do governo de Zapatero, a embaixada criticava o “optimismo das previsões macroeconómicas” do Executivo. “Desde há dois anos que cada previsão de crescimento económico do Governo espanhol demonstra demasiado optimismo”.
Em meados de 2008, a embaixada norte-americana em Madrid escrevia a Washington dizendo que “a credibilidade de Zapatero e do seu Governo em matéria económica é baixa. O próximo ano ou dois podem ser desagradáveis para o Executivo e para os espanhóis”. Nesse mesmo período, numa avaliação ao pacote de medidas destinadas a relançar a economia, os diplomatas dos EUA admitiam que “as declarações de Zapatero deram a muita gente a impressão de que está minimizando intencionalmente o problema ou não entende a sua gravidade”.
Um ano mais tarde, já depois de Salgado ter assumido a vice-presidência do governo de Zapatero, a embaixada criticava o “optimismo das previsões macroeconómicas” do Executivo. “Desde há dois anos que cada previsão de crescimento económico do Governo espanhol demonstra demasiado optimismo”.