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Passos Coelho mantém críticas, Mário Nogueira contra-ataca

O líder do PSD deu a entender que o ministro da Educação serve os interesses da Fenprof. Mário Nogueira lembrou as dívidas de Passos à Segurança Social.

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Maio de 2016 às 22:10
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Está para durar a polémica ateada pelas acusações que Passos Coelho lançou ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues. No passado fim-de-semana, o líder do PSD acusou o ministro de ter "outros interesses" ao decidir intervir nos contratos de associação com as escolas privadas. Apesar de incitado pelo Governo a fazê-lo, não chegou a concretizar que interesses são esses. Mas esta terça-feira, Passos  assumiu, depois de questionado se são os interesses da Fenprof, que isso é "muito claro".

Mário Nogueira não gostou e respondeu "a matar". Numa conferência de imprensa igualmente esta terça-feira, o líder da Fenprof lembrou a dívida que Passos Coelho acumulou à Segurança Social. "Eu nunca me esqueci de descontar para a Segurança Social", atirou, admitindo que os "insultos" do líder do PSD podem ser resolvidos "nas instâncias adequadas, que são os tribunais".

O líder da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) disse que não sabe se há "motivações sindicais" a orientar a actuação de Tiago Brandão Rodrigues. "Eu não sei, para saber é preciso falar com o Ministério", assinala. O que Mário Nogueira nega é estar a pressionar o ministro. "Não sei que pressão estamos a fazer, não foi nada sequer que fosse proposto ao ministro da Educação", assinalou, precisando que se reuniu duas vezes com o governante "e nunca foi abordado isto".

A questão dos contratos de associação com escolas privadas mexe com interesses, sim, mas das próprias escolas, denuncia. "Estamos a falar de grandes interesses que giram em torno de dinheiros públicos; não estamos a falar de dinheiros particulares, estamos a falar da utilização de dinheiros públicos, que devem ser utilizados com rigor, com controlo", revelou.

Nesta questão, os partidos da direita já perceberam que os seus argumentos não fazem sentido, alega. "É precisamente por perceberem que os seus argumentos não pegam, e que a opinião pública está exactamente do outro lado" que "a direita" opta por "substituir o debate político, a argumentação e o debate, atacando pessoas, dizendo coisas que são insultos, injúrias, que são inaceitáveis".

cotacao Eu nunca me esqueci de descontar para a Segurança Social. Mário Nogueira Secretário-geral da Fenprof
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