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Governo põe directores de escolas a substituir docentes em greve
Mensagem do júri nacional de exames chegou esta tarde às escolas. Directores asseguram qualquer função essencial à realização dos exames nacionais.
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) já tinha dado ordem às escolas para convocarem todos os professores para o dia da greve geral dos docentes, na próxima segunda-feira. Agora, o júri nacional de exames delega nos directores de escola competências para substituírem qualquer outro elemento essencial à realização dos exames nacionais.
Assim, os directores poderão substituir, caso estes façam greve, os elementos credenciados para receber os sacos dos enunciados das mãos da GNR ou da PSP e os elementos do secretariado de exames que recebem as provas e as distribuem pelas salas e no final da prova as recebem e guardam em local seguro. Os directores podem ainda vigiar “em caso de necessidade” os exames.
O júri nacional de exames esclarece ainda que os exames poderão ser efectuados mesmo que não haja professores coadjuvantes na escola – um ou dois professores da disciplina em avaliação que estão isolados a resolver o exame e a detectar possíveis erros.
Mário Nogueira, da Fenprof, insurgiu-se contra estas ordens, dizendo que mais uma vez o Ministério da Educação está a travar o direito à greve.
Neste momento, estão a decorrer no Ministério da Educação reuniões com os sindicatos e o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar com vista à negociação das matérias que levaram os sindicatos dos professores a agendar greves às avaliações e greve geral para a próxima segunda-feira, dia 17, dia do exame nacional de Português A e B e de Latim.