Notícia
Governo muda currículo das escolas
São 10 as áreas de competência que um aluno deve ter no fim do 12º ano, segundo a proposta apresentada na semana passada. E há mais coisas que mudam. Em declarações ao Expresso, o secretário de Estado da Educação diz que "os testes são instrumentos de avaliação muito importantes, mas não podem ser os únicos".
As linhas orientadoras do perfil "humanista" delineado pelo grupo de trabalho "Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória", liderado pelo jurista Guilherme d'Oliveira Martins [que já foi também ministro da Educação], foram apresentadas no passado sábado, 11 de Fevereiro, com o anúncio de 10 áreas de competência que um aluno deve ter quando termina o 12º ano, referia o Sapo.
Nessas áreas, segundo a mesma fonte, cabem "tarefas mais intelectuais – como o domínio de linguagens e textos, a informação e comunicação, o raciocínio e resolução de problemas, o pensamento crítico e criativo – mas envolvem também o relacionamento interpessoal, a autonomia e desenvolvimento pessoal, o bem-estar e saúde a sensibilidade técnica e artística o saber técnico e tecnologias e ainda a consciência e domínio do corpo".
O grupo de trabalho, que o Ministério da Educação encarregou de definir as competências que os alunos devem ter no fim da escolaridade, apresentou assim um plano que aposta sobretudo na interacção, sublinhava o Público no passado sábado.
Hoje, o Expresso destaca que as alterações ao programa do ministro Nuno Crato (na foto) são "profundas". Exemplos? A Matemática e o Português perderão horas para as Ciências Sociais e a Educação Cívica regressa.
"Tenho de emagrecer o currículo actual e fazer um reequilíbrio entre áreas", disse o secretário de Estado da Educação, João Costa, ao mesmo semanário. Segundo o governante, há disciplinas como a Geografia e a História que têm poucas horas, tal como a Educação Física.
O Governo quer também reforçar as horas curriculares de projectos interdisciplinares que impliquem um trabalho entre professores e conteúdos de disciplinas diferentes, refere a Rádio Renascença. Trata-se de dar novo fôlego à área Projecto que, diz João Costa ao Expresso, trouxe muitos bons trabalhos mas não foi plenamente assumida como curricular – e, uma vez que não contava para a nota final, foi desvalorizada.