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Crato quer mais "autonomia" nas escolas, oposição considera situação "insustentável"

O ministro da Educação considera que os atrasos no arranque do ano lectivo poderiam ter sido mitigados se as escolas tivessem uma maior autonomia face à tutela.

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Outubro de 2014 às 17:02
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"Temos de ter cada vez mais autonomia nas escolas. Não podemos prescindir de dar às escolas um papel central na colocação de professores" disse Nuno Crato no Parlamento esta terça-feira, 14 de Outubro.


O ministro considera que a tutela deve agora avançar para resolver a situação o mais depressa possível. "O problema imediato é corrigir os erros que foram cometidos, proceder à colocação mais célere possível nas escolas dos professores, proceder à compensação pedagógica dos alunos", defendeu o ministro. "E é para isso que trabalhamos 24 horas por dia".

Questionado sobre as declarações do Presidente da República e do antigo ministro da Educação Roberto Carneiro sobre o arranque do ano lectivo, o ministro considera que estas vão no sentido de dar mais "liberdade às escolas. "Cada vez mais tem que ser as escolas responsáveis pela escolha e colocação de professores", sublinhou.

A oposição atacou o desempenhou do ministro e classificou este como o "pior ano para a educação em Portugal", nas palavras de Odete Santos do PS.

A deputada considera que Nuno Crato foi o "ministro que mais contribuiu para a degradação da estabilidade da escola pública. Pior deve ser difícil fazer".

Por seu turno, Nuno Crato elogiou a prestação dos directores e dos professores que "estão a fazer tudo o possível para manter os alunos nas aulas. Nós não responsabilizamos directores, não responsabilizamos professores, responsabilizamos a administração escolar", apontou.

 

Já o PCP considerou que a forma como o ano lectivo teve início demonstra a "forma desrespeitosa" como a Ministério está a tratar a "comunidade educativa".

 

"Passado um mês do início do ano lectivo, a situação nas escolas continua a ser insustentável e estamos confrontados com prejuízos incalculáveis na vida de muitas crianças e muitos jovens", afirmou Rita Rato do PCP.

 

"O que as pessoas querem ouvir é, de facto, quando é que este problema vai estar resolvido", apontou a deputada comunista.

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