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40% dos docentes contratados não fizeram a prova de capacidades

Mais de 5.500 docentes com menos de cinco anos de serviço não fizeram a prova que decorreu esta quarta-feira.

Correio da Manhã
19 de Dezembro de 2013 às 16:59
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Cerca de 40% dos 13.500 professores contratados inscritos na prova de capacidades e conhecimentos (PACC) acabaram por não a realizar. Uns porque não puderam, devido à greve convocada pela Fenprof, outros porque não se apresentaram na sala.

 

De acordo com os últimos dados apurados pelo Júri Nacional da Prova, a que o Negócios teve acesso, 27% dos candidatos (3.645) estavam inscritos em salas em que não se realizou a prova, por motivo de greve ou por não haver condições, devido a boicotes variados. Além destes, outros 1.872 candidatos inscritos em salas em que a prova se realizou “não se apresentaram nas salas”.

 

Assim, um total de 5.517 docentes sem vínculo ao Ministério da Educação com menos de cinco anos de profissão acabaram por não realizar a prova que é condição para se apresentarem a concurso no próximo ano lectivo e puderem leccionar numa escola do ensino público.

 

O número não anda muito longe daquele que foi ainda ontem avançado pela Fenprof (cerca de 6.000 candidatos) e é o reflexo daquilo que marcou esta quarta-feira. O dia em que devia ficar no calendário por se ter realizado pela primeira vez uma prova deste género, prevista desde 2007, acabou por ser um dia de boicotes, pequenas manifestações, greves, e até intervenções policiais em algumas escolas.

 

O ministro da Educação, Nuno Crato, e o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, vieram no próprio dia lamentar e considerar “inaceitáveis” as atitudes de alguns docentes. Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, disse que as perturbações foram “proporcionais à humilhação a que o ministério quis sujeitar os professores”.

 

Professores terão nova oportunidade

Para o ministro da Educação, há um direito à não greve que não foi respeitado. E para que esses professores, que não conseguiram fazer esta manhã a prova, não sejam prejudicados, haverá uma nova prova. “Marcaremos data o mais breve possível, muito naturalmente será em Janeiro”, garantiu o governante.

 

Quando questionado sobre se os professores que hoje não fizeram a prova porque não quiseram poderão repeti-la, Crato respondeu: “penso que esses não se vão querer inscrever nesta prova. Professores que não querem fazer a prova não devem fazê-la”, mas o júri “terá de verificar isso”.

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