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Zona Euro representa 4% da facturação das construtoras nacionais
Os clientes nacionais representam 96% do volume de negócios das pequenas e médias empresas portuguesas do sector da construção, o que deixa apenas 4% da facturação das mesmas em mercados internacionais, nomeadamente da Zona Euro, conclui um estudo da Euro
Os clientes nacionais representam 96% do volume de negócios das pequenas e médias empresas portuguesas do sector da construção, o que deixa apenas 4% da facturação das mesmas em mercados internacionais, nomeadamente da Zona Euro, conclui um estudo da Eurofactor, que analisou a resposta de 300 PME.
O estudo sobre a confiança empresarial realizado pela sociedade de "factoring" Eurofactor Portugal, cujas conclusões foram hoje divulgadas, analisou as respostas de 300 PME do sector da construção, com seis a 500 colaboradores e um volume de negócios compreendido entre 500 mil euros e cinco milhões de euros.
Na análise da carteira de clientes, a Eurofactor concluiu ainda que 71% dos clientes das PME construtoras portuguesas são empresas privadas, 21% são encomendas do sector público e 6% são clientes particulares.
Apesar da internacionalização das PME ser minoritária, as inquiridas pela Eurofactor consideraram, em 33% das respostas, que a concorrência dos países emergentes "vai alavancar a produtividade do sector" e 24% considerou que os mesmos mercados "são uma oportunidade para se posicionarem melhor ao nível empresarial".
Uma fatia de 10% considerou que a nova concorrência "vai levar a uma redução da massa salarial" e igual percentagem "crê que esta realidade vai originar deslocalizações das próprias empresas". Em 30% das respostas, os inquiridos considerou que a concorrência dos mercados emergentes "vai originar uma selecção diferente dos sub-empreiteiros e parceiros de negócio".
Créditos em dívida
O estudo da Eurofactor chegou ainda à conclusão que 66% das empresa inquiridas tem créditos em dívida, "que estão convencidas que nunca vão chegar a receber" – quer seja por "manifesto incumprimento do devedor", por "insolvência declarada" ou por "desaparecimento do cliente". Em média, as empresas do sector da construção recebem 118 dias após terminarem o negócio, situação que 56% das respostas previu que "se mantenham no futuro", 28% "temem que aumentem" e 16% "esperam que haja uma melhoria nos ‘timings’".
Quanto ao futuro do sector, apenas 15% das PME de construção de Portugal tenciona reforçar o investimento. Igual fatia prevê manter e 26% perspectiva reduzir o mesmo investimento.
A grande maioria das empresas questionadas pelo Eurofactor, cerca de 53%, está "pouco confiante na conjuntura económica" e 5% revelam mesmo "nenhuma confiança". Apenas 31%, avança o comunicado da Eurofactor, "espera um aumento do volume de negócios" e 24% prevê "melhoria da rentabilidade".