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Vitorino rejeita apelo de Sócrates para candidatura a Belém
José Sócrates voltou a falar, há uma semana, com António Vitorino sobre a hipótese deste ser candidato às eleições presidenciais, mas, segundo o «Diário de Notícias», o ex-comissário europeu manteve-se irredutível na recusa dessa possibilidade.
José Sócrates voltou a falar, há uma semana, com António Vitorino sobre a hipótese deste ser candidato às eleições presidenciais, mas, segundo o «Diário de Notícias», o ex-comissário europeu manteve-se irredutível na recusa dessa possibilidade.
Há pouco mais de um mês o secretário-geral do PS e o deputado socialista tiveram uma conversa sobre esta matéria, mas, conforme o DN então noticiou, o assunto não ficou encerrado e concordaram voltar a falar sobre as presidenciais depois de se conhecer o desfecho da candidatura de António Guterres à ONU.
Guterres, o "candidato natural" de Sócrates para as presidenciais do próximo ano, foi mesmo escolhido como alto-comissário para os Refugiados, pelo que o líder do PS tentou, mais uma vez, convencer Vitorino a avançar para Belém.
De acordo com fontes socialistas, apesar do empenhamento do líder socialista, Vitorino mostrou-se indisponível, argumentando falta de apetência pessoal, à semelhança do que tem dito publicamente. Já a 30 de Maio, no seu comentário semanal na RTP, tinha dito que a questão está, para si, "há muito tempo clarificada", pois "é sobretudo o impulso pessoal que conta".
A recusa de Vitorino não surpreende, mas o facto de Sócrates ter insistido demonstra as dificuldades dos socialistas na definição do seu candidato. Guterres e Vitorino, os nomes mais fortes à esquerda, estão fora da corrida, Constâncio e Ferro, outros putativos candidatos, também se auto-excluíram, e Manuel Alegre surge como o nome que resta nos "presidenciáveis".