Notícia
Vieira da Silva vai hoje ao Parlamento explicar "espionagem política"
O ministro da Economia, Vieira da Silva, vai estar hoje na comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais para explicar as suas afirmações sobre "pura espionagem política" nas investigações do processo Face Oculta.
02 de Dezembro de 2009 às 07:19
O ministro da Economia, Vieira da Silva, vai estar hoje na comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais para explicar as suas afirmações sobre "pura espionagem política" nas investigações do processo Face Oculta.
Numa entrevista à rádio Antena 1 a 13 de Novembro, o ministro da Economia e membro do Secretariado Nacional do PS questionou a legalidade das alegadas escutas de conversas de José Sócrates com o socialista Armando Vara, no âmbito do processo Face Oculta, no qual este é arguido, afirmando que as investigações se baseiam em "pura espionagem política".
As declarações do socialista, que provocaram polémica em vários sectores, motivaram o PSD a apresentar um requerimento para ouvir o governante no Parlamento, iniciativa que foi aprovada com os votos favoráveis dos partidos da oposição e a abstenção do PS.
Para os sociais-democratas, as palavras de Vieira da Silva "condicionam o trabalho da Polícia Judiciária, do Ministério Público e atentam contra a separação de poderes no Estado de Direito".
"Não procurei atingir ninguém, a não ser aqueles que não conheço quem são, mas que procuraram a situação", referiu por seu lado o responsável pela pasta das Finanças, no último sábado.
"Senti-me no direito de fazer as afirmações que fiz. Reafirmo o que disse, pois não deixarei de dizer o que penso", destacou.
O processo Face Oculta investiga alegados casos de corrupção e outros crimes económicos relacionados com empresas do sector empresarial do Estado e empresas privadas, havendo 15 arguidos, incluindo o presidente da REN-Redes Eléctricas Nacionais, José Penedos, e Armando Vara, que suspendeu as suas funções de vice-presidente do Millenium/BCP.
Segundo o procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, o primeiro-ministro, José Sócrates, apareceu em 11 escutas a Armando Vara no âmbito do processo Face Oculta.
O PGR considerou que em seis dessas escutas "não existiam indícios probatórios que levassem à instauração de procedimento criminal", tendo também o STJ decretado a sua nulidade e ordenado a sua destruição.
Quanto às restantes cinco escutas envolvendo José Sócrates, o PGR anunciou no sábado que está a proceder à sua análise e que até ao final desta semana tomará uma decisão sobre as mesmas.
Numa entrevista à rádio Antena 1 a 13 de Novembro, o ministro da Economia e membro do Secretariado Nacional do PS questionou a legalidade das alegadas escutas de conversas de José Sócrates com o socialista Armando Vara, no âmbito do processo Face Oculta, no qual este é arguido, afirmando que as investigações se baseiam em "pura espionagem política".
Para os sociais-democratas, as palavras de Vieira da Silva "condicionam o trabalho da Polícia Judiciária, do Ministério Público e atentam contra a separação de poderes no Estado de Direito".
"Não procurei atingir ninguém, a não ser aqueles que não conheço quem são, mas que procuraram a situação", referiu por seu lado o responsável pela pasta das Finanças, no último sábado.
"Senti-me no direito de fazer as afirmações que fiz. Reafirmo o que disse, pois não deixarei de dizer o que penso", destacou.
O processo Face Oculta investiga alegados casos de corrupção e outros crimes económicos relacionados com empresas do sector empresarial do Estado e empresas privadas, havendo 15 arguidos, incluindo o presidente da REN-Redes Eléctricas Nacionais, José Penedos, e Armando Vara, que suspendeu as suas funções de vice-presidente do Millenium/BCP.
Segundo o procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, o primeiro-ministro, José Sócrates, apareceu em 11 escutas a Armando Vara no âmbito do processo Face Oculta.
O PGR considerou que em seis dessas escutas "não existiam indícios probatórios que levassem à instauração de procedimento criminal", tendo também o STJ decretado a sua nulidade e ordenado a sua destruição.
Quanto às restantes cinco escutas envolvendo José Sócrates, o PGR anunciou no sábado que está a proceder à sua análise e que até ao final desta semana tomará uma decisão sobre as mesmas.