Notícia
Vestager volta à Comissão Europeia após perder "corrida" à liderança do BEI
O anúncio surgiu após a escolha pelos ministros das Finanças da União Europeia da espanhola Nadia Calviño como a primeira mulher a liderar a instituição financeira do bloco, esta manhã em Bruxelas, avançaram fontes europeias.
08 de Dezembro de 2023 às 10:01
A dinamarquesa Margrethe Vestager anunciou esta sexta-feira que vai regressar à Comissão Europeia após ter perdido para a vice-presidente do Governo espanhol Nadia Calviño a "corrida" para a liderança do Banco Europeu de Investimento (BEI).
"Vou retomar as minhas responsabilidades na Comissão Europeia", anunciou Margrethe Vestager, que era até setembro passado vice-presidente executiva da instituição para a pasta digital e da concorrência, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
O anúncio surgiu após a escolha pelos ministros das Finanças da União Europeia (UE) da espanhola Nadia Calviño como a primeira mulher a liderar a instituição financeira do bloco, esta manhã em Bruxelas, avançaram fontes europeias.
A escolha foi feita na reunião de hoje do Ecofin, na qual foi dada 'luz verde' ao nome de Nadia Calviño, de acordo com as fontes europeias, após a votação que implicava o aval de 18 países (e 68% do capital subscrito) do Conselho de Governadores do BEI, constituído pelos ministros das Finanças de todos os países da UE.
Tal como a Lusa já tinha avançado em setembro passado, Portugal apoiava a candidatura da vice-presidente do Governo espanhol e ministra da Economia, Comércio e Empresas.
Outros países apoiavam a vice-presidente executiva da Comissão Europeia responsável pela pasta da concorrência, Margrethe Vestager, que era a principal adversária de Nadia Calviño nesta 'corrida' pela liderança do BEI, divisão que levou a vários meses de indecisão entre os Estados-membros da UE.
A estes dois nomes juntaram-se os do ex-ministro italiano Daniele Franco, da antiga ministra polaca e vice-presidente do BEI Teresa Czerwinska e do antigo ministro da Energia da Suécia e também atual vice-presidente da instituição Thomas Ostros, que também concorreram ao cargo.
No início de setembro passado, Margrethe Vestager anunciou que iria tirar uma licença sem vencimento para se concentrar na sua candidatura e, desde então, foi substituída por outros comissários nas suas pastas (incluindo na Concorrência).
Este que é hoje considerado um dos lugares de topo nas instituições da UE atraiu, desta vez, o interesse de vários altos funcionários europeus, depois de ter sido liderado durante 12 anos pelo único candidato, o alemão Werner Hoyer, que cumpriu dois mandatos de seis anos e está agora de saída.
Este interesse renovado na liderança do BEI reflete uma nova página desta que é a maior instituição financeira multilateral do mundo em termos de ativos e que será crucial para apoiar a UE nas suas metas 'verdes' e digitais.
Werner Hoyer deixa o cargo no final do ano pelo que os governantes tinham até então para nomear um sucessor.
Detido pelos Estados-membros e sediado no Luxemburgo, o BEI é a instituição financeira do bloco comunitário, que suporta financeiramente projetos dentro e fora da UE alinhados com as prioridades europeias, como o crescimento e melhoria do emprego, o combate às alterações climáticas e a transição digital.
Tem atualmente fundos próprios de 78 mil milhões de euros, um balanço contabilístico de 544 mil milhões de euros e um capital subscrito de 249 mil milhões de euros.
Cabe ao presidente do BEI liderar decisões como a contração de empréstimos e a concessão de financiamentos, nomeadamente de empréstimos e de garantias.
"Vou retomar as minhas responsabilidades na Comissão Europeia", anunciou Margrethe Vestager, que era até setembro passado vice-presidente executiva da instituição para a pasta digital e da concorrência, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
A escolha foi feita na reunião de hoje do Ecofin, na qual foi dada 'luz verde' ao nome de Nadia Calviño, de acordo com as fontes europeias, após a votação que implicava o aval de 18 países (e 68% do capital subscrito) do Conselho de Governadores do BEI, constituído pelos ministros das Finanças de todos os países da UE.
Tal como a Lusa já tinha avançado em setembro passado, Portugal apoiava a candidatura da vice-presidente do Governo espanhol e ministra da Economia, Comércio e Empresas.
Outros países apoiavam a vice-presidente executiva da Comissão Europeia responsável pela pasta da concorrência, Margrethe Vestager, que era a principal adversária de Nadia Calviño nesta 'corrida' pela liderança do BEI, divisão que levou a vários meses de indecisão entre os Estados-membros da UE.
A estes dois nomes juntaram-se os do ex-ministro italiano Daniele Franco, da antiga ministra polaca e vice-presidente do BEI Teresa Czerwinska e do antigo ministro da Energia da Suécia e também atual vice-presidente da instituição Thomas Ostros, que também concorreram ao cargo.
No início de setembro passado, Margrethe Vestager anunciou que iria tirar uma licença sem vencimento para se concentrar na sua candidatura e, desde então, foi substituída por outros comissários nas suas pastas (incluindo na Concorrência).
Este que é hoje considerado um dos lugares de topo nas instituições da UE atraiu, desta vez, o interesse de vários altos funcionários europeus, depois de ter sido liderado durante 12 anos pelo único candidato, o alemão Werner Hoyer, que cumpriu dois mandatos de seis anos e está agora de saída.
Este interesse renovado na liderança do BEI reflete uma nova página desta que é a maior instituição financeira multilateral do mundo em termos de ativos e que será crucial para apoiar a UE nas suas metas 'verdes' e digitais.
Werner Hoyer deixa o cargo no final do ano pelo que os governantes tinham até então para nomear um sucessor.
Detido pelos Estados-membros e sediado no Luxemburgo, o BEI é a instituição financeira do bloco comunitário, que suporta financeiramente projetos dentro e fora da UE alinhados com as prioridades europeias, como o crescimento e melhoria do emprego, o combate às alterações climáticas e a transição digital.
Tem atualmente fundos próprios de 78 mil milhões de euros, um balanço contabilístico de 544 mil milhões de euros e um capital subscrito de 249 mil milhões de euros.
Cabe ao presidente do BEI liderar decisões como a contração de empréstimos e a concessão de financiamentos, nomeadamente de empréstimos e de garantias.