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Universidade Católica afasta cenário de recuperação rápida na economia nacional

"No curto prazo, a economia nacional dificilmente conseguirá retomar taxas de crescimento elevadas, pelo menos de uma forma sustentada, como ficou patente na frágil retoma de 2006 e 2007". O cepticismo sobre a evolução próxima de Portugal é assumido pelo núcleo de estudos de conjuntura sobre economia portuguesa (NECEP) da Universidade Católica.

09 de Abril de 2009 às 00:01
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"No curto prazo, a economia nacional dificilmente conseguirá retomar taxas de crescimento elevadas, pelo menos de uma forma sustentada, como ficou patente na frágil retoma de 2006 e 2007". O cepticismo sobre a evolução próxima de Portugal é assumido pelo núcleo de estudos de conjuntura sobre economia portuguesa (NECEP) da Universidade Católica.

A folha trimestral de conjuntura do organismo liderado pelo economista João Borges de Assunção, a que o Negócios teve acesso, chama a atenção para a reduzida "taxa de crescimento tendencial" do produto interno bruto português, que se situará ligeiramente acima de 1%. Para além da conjuntura internacional negativa, o NECEP considera que esta situação coloca em causa "as perspectivas de uma recuperação rápida", após "oito anos consecutivos de crescimento medíocre".

Depois de recordarem que a actual recessão reúne características dos períodos anteriores de contracção da economia portuguesa, com fortes quedas do investimento e das exportações e o declínio do consumo privado, os economistas da Católica decidiram rever em baixa a previsão de crescimento para este ano.

De acordo com o documento, a actividade vai registar uma contracção de 3,2% em 2009, admitindo-se que, num cenário mais pessimista, o produto registe uma quebra de 3,7%. No cenário mais optimista, a economia poderá recuar 2,7%.

A nova projecção assenta em "pressupostos relativamente robustos", dando como inevitável "uma forte deterioração" do enquadramento externo durante o ano corrente, "com uma quebra do PIB da Zona Euro na ordem dos 3-4%" e uma "quase certa" contracção do PIB mundial, factores que contribuirão, também, com um impacto "muito negativo" na economia nacional. Para 2010, dependendo da recuperação da economia mundial a partir do final deste ano, o NECEP adianta a projecção de uma contracção de 0,5% na economia portuguesa.

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