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Udifar diz que redução de preços dos medicamentos é “comprometedora”
A Udifar, cooperativa de distribuição de medicamentos que abastece cerca de 1.300 farmácias nacionais, considera que a redução dos preços dos medicamentos e das taxas de comparticipação durante o próximo ano é “grave” e “pode ser um factor comprometedor p
A Udifar, cooperativa de distribuição de medicamentos que abastece cerca de 1.300 farmácias nacionais, considera que a redução dos preços dos medicamentos e das taxas de comparticipação durante o próximo ano é "grave" e "pode ser um factor comprometedor para a distribuição grossista".
Em declarações ao Jornal de Negócios Online, o presidente da Udifar, António Paula de Campos, admite mesmo que a cooperativa poderá vir a encontrar-se novamente com responsáveis do Ministério da Saúde, no sentido de manifestar o seu desagrado. Isto porque as condições previstas para preços e comparticipações na primeira proposta do Orçamento do Estado para 2007 não estão de acordo com o que a Udifar e o Ministério terão conversado numa reunião que decorreu na semana passada.
"O que nos está a preocupar sobremaneira é no que tem a ver com a redução de preços", aponta António Paula de Campos. O presidente da Udifar salienta o "sacrifício das margens". "Estamos muito preocupados. Afinal a redução propõe-se ser feita mexendo nas margens dos armazenistas", diz, lembrando que não tinha sido isso o que lhe tinha sido comunicado pelo Ministério da Saúde.
Ao nível da saúde, uma das implicações do Orçamento do Estado para o próximo ano é a redução das taxas de comparticipação. Os medicamentos comparticipados a 70% passam para 69%, os de 40% passam para 37% e os de 20% passam para 15%. Além disso, haverá uma redução de 6% no preço de venda ao público, materializada numa redução das margens de lucro dos armazenistas de 7,45% para 6,87%.