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Ucrânia e Rússia assinam acordo para retomar exportação de cereais

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, assinalou o momento, apontando que existe agora "um farol no Mar Negro".

Reuters
Sílvia Abreu silviaabreu@negocios.pt 22 de Julho de 2022 às 16:10

O acordo para permitir as exportações de cereais bloqueados nos portos ucranianos foi esta sexta-feira assinado em Istambul. A chegada a este consenso vai permitir desbloquear mais de 20 milhões de toneladas de cereais, um passo dado na tentativa de evitar uma crise alimentar global.

O acordo não foi celebrado entre a Ucrânia e a Rússia diretamente, mas sim entre cada um dos países com a Turquia e as Nações Unidas.

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, assinalou a importância do momento, apontando que este "é um acordo que serve os intereses comuns". "Hoje existe um farol no Mar Negro, o farol da esperança, da possibilidade e do alívio", salientou, destacando o papel essencial da Turquia, representada na sala pelo presidente turco, Recep Erdogan.

"Isto é um acordo para o mundo inteiro, que vai trazer alívio para os países em desenvolvimento, para as pessoas mais vulneráveis que estão à beira da fome. Isto vai ajudar a restabelecer os preços dos alimentos, que já bateram todos os recordes", continuou o chefe das Nações Unidas. A iniciativa esta sexta-feira assinada, que incluí a venda de fertilizantes russos, abre caminho "para grandes volumes de exportação comercial dos portos ucranianos no Mar Negro", detalhou o responsável. 

Também o presidente turco afirmou tratar-se de um "dia histórico", elogiando o papel da Turquia naquele que definiu como "o primeiro passo a caminho da paz". 

O acordo, que tem a duração de quatro meses e é renovável, inclui a criação de um centro de controlo em Istambul dirigido por representantes das quatro partes envolvidas. Implica também que passe a ser feita uma inspeção dos navios - que deverá acontecer no portos em Istambul -, para garantir que não levam armas para a Ucrânia. 

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