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Trichet diz que a inflação deverá permanecer elevada
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, acredita que o crescimento económico da Zona Euro "está mais sustentado", mas adverte que a inflação deverá permanecer elevada, um indicador que a autoridade monetária continua a monitoriza
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, acredita que o crescimento económico da Zona Euro "está mais sustentado", mas adverte que a inflação deverá permanecer elevada, um indicador que a autoridade monetária continua a monitorizar.
Jean-Claude Trichet falou, hoje, perante o comité de assuntos económicos e monetários da União Europeia (UE), sobre a subida da taxa de juro de referência, o crescimento económico e a inflação da Zona Euro.
Jean-Claude Trichet confirmou que "o crescimento da economia da Zona Euro está mais sustentado". Este crescimento é, segundo o presidente do BCE, "mais alargado" e suportado em grande parte pela "procura interna".
No entanto, Trichet alertou o comité para o facto e ainda existirem perigos que podem pôr em risco a estabilidade de preços. "As condições para a economia crescer de forma robusta ainda são moderadas", disse.
Relativamente à política monetária, Trichet adiantou que esta vai permanecer "acomodativa". "O BCE vai continuar a monitorizar de perto todos os desenvolvimentos de forma a assegurar a estabilidade dos preços no médio e no longo prazo", garantiu o presidente do BCE.
"Se já conseguimos materializar os riscos para a estabilidade de preços então pode ser difícil controlar de novo as expectativas de inflação", alertou Jean-Claude Trichet. Entre os riscos para a estabilidade de preços, encontram-se a subida do preço do petróleo ou a pressão de aumentar os salários, factores que representam riscos.
Trichet acredita que a taxa de inflação anual vai permanecer elevada em 2006 e 2007. Mas, também, que o BCE está "muito perto de monitorizar esta situação". "É algo para o qual temos olhado com muita atenção e que tem sido levado em conta nas decisões que tomamos nos últimos meses", referiu o presidente do BCE.