Este ano, os trabalhadores que recebem o salário mínimo, fixado em 705 euros brutos, vão perder poder de compra, o que não acontece desde 2013. E mesmo que no próximo ano o valor do salário mínimo suba 6,4% tal como prometido pelo Governo, o aumento não será suficiente para aliviar esta perda, tendo em conta que a inflação deverá ascender a 5,1%, como prevê o Conselho das Finanças Públicas (CFP), escreve esta terça-feira o Público.

O aumento do salário mínimo é um dos pontos a ser discutido na reunião da Comissão Permanente de Concertação Social marcada para esta quarta-feira. O Governo comprometeu-se a apresentar uma proposta para um acordo de rendimentos e competitividade, de forma a que o valor suba "pelo menos" para 900 euros e para que o rendimento médio por trabalhador aumente em 20%, até ao final da legislatura.

Durante o período da troika, entre 2011 e 2013, o valor do salário mínimo esteve congelado nos 485 euros. Depois desse período, o salário mínimo tem vindo a aumentar, em média, 4,8%, e as taxas de inflação têm sido baixas nos últimos anos. Este cenário garantiu aos trabalhadores maior poder de compra.