Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

TikTok um passo mais perto da proibição nos EUA

Ou a dona da aplicação - a chinesa ByteDance - a vende, ou arrisca perder os utilizadores americanos. Estas são as opções delineadas pelo projeto de lei, que ainda terá de passar pelo Senado. TikTok diz que se tratou de um processo "secreto" com vista à "proibição" da "app".

A Câmara dos Representantes norte-americana deu luz verde a um projeto de lei que pode resultar na proibição do TikTok nos Estados Unidos. O diploma oferece uma alterativa: no prazo de seis meses, a dona da empresa, a chinesa ByteDance, teria de vender a aplicação, com 170 milhões de utilizadores no país.

O projeto passou com grande apoio bipartidário (352 votos contra 65), mas terá ainda de ser aprovada no Senado.

Em causa estão preocupações de segurança nacional. Os proponentes argumentam que o Governo da China controla a ByteDance e usa a aplicação de vídeos como meio de propaganda. Numa audiência no Senado, o diretor do FBI, Christopher Wray, afirmou existirem "significativas" preocupações de segurança nacional relacionadas com o TikTok.

Esta votação acontece oito dias depois de os deputados norte-americanos terem apresentado um projeto para proibir as "app stores" (como a da Apple) de disponibilizarem o TikTok, se a ByteDance não vendesse o negócio no prazo de 180 dias.

A empresa chinesa garante estar livre de qualquer interferência governamental e assegura que não partilha dados pessoais com Pequim.

Em reação à votação da Câmara dos Representantes, o TikTok emitiu um comunicado, em que apelida o processo como "secreto", dizendo que o projeto de lei foi aprovado com o intuito de proibir a aplicação - "é uma proibição", afirma. "Esperamos que o Senado considere os factos, ouça os seus constituintes e compreenda o impacto na economia, em 7 milhões de pequenas empresas e nos 170 milhões de americanos que utilizam o nosso serviço", pode ler-se.

Ainda antes da votação, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, criticou a "repressão" à aplicação, dizendo que "nunca foram encontradas provas que o TikTok ameace a segurança nacional".

"Este tipo de 'bullying', que não pode vencer numa competição justa, perturba a atividade normal das empresas, prejudica a confiança dos investidores internacionais no ambiente de investimento, e prejudica a normal ordem económica e de comércio internacional", acrescentou.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio