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Teixeira dos Santos substitui Campos e Cunha nas Finanças

Fernando Teixeira dos Santos, até agora presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMM), vai substituir Luís Campos e Cunha como ministro das Finanças, depois deste ter pedido a demissão alegando motivos pessoais, familiares e cansaço

20 de Julho de 2005 às 22:00
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A saída de Campos Cunha ocorre depois do ministro demissionário ter escrito um artigo de opinião no jornal «Público» no passado domingo em que colocava em causa algum do investimento público realizado em Portugal nos últimos anos.

O documento foi interpretado por alguns analistas como uma crítica implícita ao Programa de Investimentos em Infra-estruturas Prioritárias (PIIP) apresentado na semana passada pelo ministro da Economia Manuel Pinho, em que se contemplam projectos como comboio de alta velocidade e a construção do aeroporto na Ota, em alternativa à Portela.

«A ideia de que o investimento é sempre algo de bom é errada», defendeu o responsável acrescentando que «hoje viveríamos melhor se certos investimentos não tivessem sido realizados», afirmara Campos e Cunha.

Adicionalmente, Campos e Cunha defendera ontem na comissão parlamentar de Economia e Finanças para a apreciação das Grandes Opções do Plano (GOP) – documento base de suporte ao orçamento rectificativo - que a alta velocidade e a Ota teriam que ser avaliados.

O ministro das Obras Públicas argumentou hoje, na mesma comissão, que os projectos vão avançar nesta legislatura uma vez que as decisões já estavam politicamente tomadas.

O Governo já tomou a «decisão política», assegurou aos jornalistas Mário Lino à entrada da comissão parlamentar de Economia e Finanças para a discussão das Grandes Opções do Plano (GOP).

Separadamente, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, numa entrevista publicada hoje no «Diário de Notícias», veio criticar implicitamente o Governo do qual faz parte, por não ter sido capaz de explicar aos portugueses o motivo pelo qual, em campanha eleitoral, prometera não mexer nos impostos e, após a tomada de posse, os subiu na sua generalidade.

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