Notícia
Stiglitz prevê nova recessão na Europa em 2012
Joseph Stiglitz, prémio Nobel da Economia em 2001, afirmou hoje que a Economia europeia está a caminho da recessão. "Toda a gente está à espera que 2012 seja melhor do que 2011. Na verdade, vai ser pior", disse o economista.
18 de Janeiro de 2012 às 13:37
Para Stiglitz, política de austeridade, seguida pela generalidade dos países europeus, apenas vai deteriorar a situação. Não só porque reduz a dimensão do PIB, mas também porque faz com que caiam as receitas fiscais, fazendo com que a opção seja contraprodutiva.
“Há um fetichismo com o défice na Europa”, criticou o economista, que encerrou o Congresso anual da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição. “O discurso é todo em torno da confiança, mas a austeridade não dá confiança. Pelo contrário”, criticou.
O Banco Central Europeu também não escapou às críticas, acusado de estar “obcecado” pela inflação. Stiglitz defendeu que o organismo liderado por Mário Draghi tem optado por salvar os bancos, deixando a economia europeia à sua sorte.
“Há imensa injecção de liquidez, é verdade. Mas os empréstimos não chegam à economia real. As pequenas e médias empresas não estão a obter os fundos de que precisam e as falências estão a alastrar”.
Alternativas? “Uma possibilidade”, frisou, seria utilizar despesas com um grande efeito multiplicador na economia para estimular a actividade, neutralizando o efeito orçamental com aumento de impostos, sobretudo impostos progressivos.
Mas, no caso dos países periféricos em pior situação, Stiglitz foi claro: não há alternativa ao apoio europeu. O que pode passar pela criação de “eurobonds”, por um papel mais activo do Banco Europeu de Investimentos ou mais dinheiro do Fundo Europeu. “Caso contrário, a recessão vai prolongar-se muito”, alertou.
“Há um fetichismo com o défice na Europa”, criticou o economista, que encerrou o Congresso anual da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição. “O discurso é todo em torno da confiança, mas a austeridade não dá confiança. Pelo contrário”, criticou.
O Banco Central Europeu também não escapou às críticas, acusado de estar “obcecado” pela inflação. Stiglitz defendeu que o organismo liderado por Mário Draghi tem optado por salvar os bancos, deixando a economia europeia à sua sorte.
“Há imensa injecção de liquidez, é verdade. Mas os empréstimos não chegam à economia real. As pequenas e médias empresas não estão a obter os fundos de que precisam e as falências estão a alastrar”.
Alternativas? “Uma possibilidade”, frisou, seria utilizar despesas com um grande efeito multiplicador na economia para estimular a actividade, neutralizando o efeito orçamental com aumento de impostos, sobretudo impostos progressivos.
Mas, no caso dos países periféricos em pior situação, Stiglitz foi claro: não há alternativa ao apoio europeu. O que pode passar pela criação de “eurobonds”, por um papel mais activo do Banco Europeu de Investimentos ou mais dinheiro do Fundo Europeu. “Caso contrário, a recessão vai prolongar-se muito”, alertou.