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STE "apanhado de surpresa" com bolsa de excedentários na função pública

20 de Novembro de 2012 às 10:57
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O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) foi surpreendido pelo anúncio na segunda-feira, feito pelo ministro das Finanças, de que o Governo quer criar uma bolsa de excedentários na Função Pública, garantindo que desconhece as intenções do executivo.

"O sindicato não conhece rigorosamente nada. Ainda há pouco tempo tivemos uma reunião com o secretário de Estado da Administração Pública, na qual nos foi referido que a redução do número de trabalhadores estava a ocorrer acima do previsto pela troika, e que era uma redução satisfatória que ia ao encontro dos desejos do Governo. Assim sendo, as declarações do ministro das Finanças, ontem, [segunda-feira] foram, para nós, totalmente surpreendentes" disse à Lusa o presidente do STE, Bettencourt Picanço.

O sindicalista disse o STE está "no mesmo barco em que estão todos os portugueses", uma vez que desconhece quais as medidas que o Governo pretende implementar para reduzir a despesa pública em quatro mil milhões de euros.

"O que nós receamos é que o Governo se prepare para uma objetiva reforma da Constituição da República sem reformar a Constituição", declarou Bettencourt Picanço.

O presidente do STE criticou ainda o Governo, acusando-o de promover uma "pseudo-discussão pública" sobre medidas que "afetam a vida dos portugueses", quando, na verdade, "já tem no bolso as medidas que quer implementar".

"Estamos disponíveis para nos sentarmos à mesa para ouvir o que o Governo tem para apresentar. Não estamos disponíveis para que aquilo que hoje existe no nosso país, o ativo social, seja virado de 'pernas para o ar'. Aquilo que esperamos é que o Governo esclareça que alterações é que pretende promover", afirmou.

Sobre a possibilidade de o Governo implementar um aumento de uma hora diária no horário de trabalho dos funcionários públicos, avançada hoje pelo "Diário Económico", Bettencourt Picanço disse que "não tem pés nem cabeça".

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou na segunda-feira que a 'troika' aprovou o desembolso de uma nova tranche de 2,5 mil milhões de euros, a sétima inserida no programa de assistência financeira a Portugal.

"Foi concluído com sucesso o sexto exame regular do programa" de ajustamento português, disse o governante na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do sexto exame regular da 'troika' ao programa de ajustamento português.
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