Notícia
Standard & Poor’s investigada pela Justiça americana
O Departamento de Justiça norte-americano está a investigar a agência de "rating". Em causa estão dezenas de produtos financeiros associados a crédito imobiliário que receberam classificação máxima, antes da crise financeira.
18 de Agosto de 2011 às 16:52
Segundo noticia o “The New York Times”, a investigação da Justiça foi iniciada antes de, há duas semanas, a S&P ter retirado o “rating” máximo aos Estados Unidos. Contudo, essa circunstância adensou ainda mais as suspeitas, confirmaram dois elementos do governo contactados pelo jornal.
Os congressistas e Administração questionam os processos, a credibilidade e a competência dos analistas da agência, justificando a sua desconfiança com o erro de dois mil milhões de dólares que a S&P cometeu ao analisar as contas do Orçamento norte-americano.
O alvo da investigação é, no entanto, anterior. Nos anos que antecederam a crise económica, a S&P e outras agências de notação financeira deram classificação máxima a produtos financeiros ligados ao mercado imobiliário que vieram a revelar-se desastrosos.
Desde essa altura que as práticas das agências têm sido postas em causa por várias entidades, incluindo o Congresso que questiona se a independência dos analistas não terá sido corrompida pela ganância de prémios.
Na investigação, o Departamento de Justiça está a tentar descortinar, em particular, as razões que terão levado a S&P a ponderar, por diversas vezes, baixar o “rating” de obrigações hipotecárias e depois não o ter feito devido a indicações de alguns gestores da agência.
Ainda não há qualquer confirmação de que a investigação envolva também a Moody’s e a Fitch. Se este caso tiver sucesso, provavelmente o tradicional sistema das agências de “rating” irá sofrer uma mudança, conluiem alguns historiadores financeiros contactados pelo “The New York Times”.
Paralelamente ao Departamento de Justiça, a SEC, regulador do mercado mobiliário, está a levar a cabo uma investigação sobre possíveis transgressões feitas pela S&P e poderá também analisar as agências Moody’s e Fitch.
Os congressistas e Administração questionam os processos, a credibilidade e a competência dos analistas da agência, justificando a sua desconfiança com o erro de dois mil milhões de dólares que a S&P cometeu ao analisar as contas do Orçamento norte-americano.
Desde essa altura que as práticas das agências têm sido postas em causa por várias entidades, incluindo o Congresso que questiona se a independência dos analistas não terá sido corrompida pela ganância de prémios.
Na investigação, o Departamento de Justiça está a tentar descortinar, em particular, as razões que terão levado a S&P a ponderar, por diversas vezes, baixar o “rating” de obrigações hipotecárias e depois não o ter feito devido a indicações de alguns gestores da agência.
Ainda não há qualquer confirmação de que a investigação envolva também a Moody’s e a Fitch. Se este caso tiver sucesso, provavelmente o tradicional sistema das agências de “rating” irá sofrer uma mudança, conluiem alguns historiadores financeiros contactados pelo “The New York Times”.
Paralelamente ao Departamento de Justiça, a SEC, regulador do mercado mobiliário, está a levar a cabo uma investigação sobre possíveis transgressões feitas pela S&P e poderá também analisar as agências Moody’s e Fitch.