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Sondagem: Portugueses dizem que Operação Lex causou elevados danos à justiça

Para mais de metade dos portugueses, o processo que envolveu o Juiz Rui Rangel, mas também, entre outros, o presidente do Benfica, Luis Filipe Vieira e o empresário de futebol José Veiga foi um fator de grande prejuízo para a justiça portuguesa.

Duarte Roriz/Correio da Manhã
28 de Outubro de 2020 às 10:00
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Os danos para a justiça causados pela situação que conduziu à Operação Lex são muito elevados, conclui uma sondagem realizada pela Intercampus para o Negócios e para a CMTV/CM. É essa a opinião de 54,8% dos inquiridos, sendo que apenas uma escassa fatia de 2,5% defende que o processo não foi "nada grave".

 

Colocados perante a questão "a Operação Lex acusou o juiz Rui Rangel e alguns outros juízes de irregularidades judiciais na distribuição de processos e de relações perigosas com os arguidos. Em sua opinião, esta acusação penaliza ou não a justiça?", 27,3% afirmaram, ainda, que consideram que sim e que penaliza de forma grave. Por outro lado, 4,8% dos inquiridos admite que houve uma penalização, sim, mas que foi pouco grave.

No cômputo geral, há ainda 10,7% das pessoas que não tem uma resposta, ou porque diz desconhecer o tema, ou apenas não saber responder.

Na operação Lex, recorde-se, foram acusadas 17 pessoas, entre as quais o antigo presidente do TRL, o juiz Luis Vaz das Neves, o oficial de justiça daquele tribunal Octávio Correia e a sua mulher, o presidente do Benfica Luis Filipe Vieira e o empresário ligado ao futebol José Veiga.

Em causa estão crimes de corrupção passiva e ativa para ato ilícito, recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, usurpação de funções, falsificação de documento, fraude fiscal e branqueamento.

Para garantia do pagamento das vantagens obtidas pelos acusados, num montante superior a 1,5 milhões de euros, o Ministério Público requereu o arresto do património dos arguidos.


 

 


Ficha técnica


Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: A amostra é constituída por 609 entrevistas, com a seguinte distribuição proporcional por Sexo (291 homens e 318 mulheres), por idade (134 entre os 18 e os 34 anos; 219 entre os 35 e os 54 anos; e 256 com mais de 55 anos) e região (232 no Norte, 143 no Centro, 163 em Lisboa, 45 no Alentejo e 26 no Algarve). Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2016) da Direção Geral da Administração Interna (DGAI). Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). Estiveram envolvidos 31 entrevistadores, devidamente treinados para o efeito, sob a supervisão dos técnicos responsáveis pelo estudo. Os trabalhos de campo decorreram de 6 a 11 de outubro. Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 4,0%. Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 62,9%. 

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