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Sócrates promete “sentido reformista” e recusa eleitoralismo

O secretário-geral do PS, José Sócrates, faz sábado o balanço de dois anos de Governo, deixando a garantia que o Governo manterá o "sentido reformista" e recusará a atitude de governar condicionado pelas eleições legislativas de 2009.

16 de Março de 2007 às 11:54
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O secretário-geral do PS, José Sócrates, faz sábado o balanço de dois anos de Governo, deixando a garantia que o Governo manterá o "sentido reformista" e recusará a atitude de governar condicionado pelas eleições legislativas de 2009.

José Sócrates fará a intervenção de balanço de dois anos de Governo na sessão de abertura do Fórum Novas Fronteiras, no Centro de Congressos de Lisboa, que será encerrada pelo dirigente socialista António Vitorino e pelo constitucionalista Gomes Canotilho.

Ao longo da tarde, serão ainda discutidos três temas em painéis separados: a reforma do Ensino Superior; economia e finanças públicas; alterações climáticas e política energética.

No painel dedicado à reforma do Ensino Superior, estarão presentes os professores universitários Jorge Araújo (reitor da Universidade de Évora), António Cunha, (director da Escola de Engenharia da Universidade do Minho e Luís Reto (presidente do Conselho Directivo do ISCTE).

Já o tema "Economia e Finanças Públicas" terá intervenções dos docentes universitários Teodora Cardoso, João Ferreira do Amaral e do presidente do Conselho de Administração da Aerosoles, Artur Duarte.

O painel dedicado às alterações climáticas e política energética será moderado pelo jornalista Sérgio Figueiredo, tendo intervenções do presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis, António Sá da Costa, e do presidente das Energias Renováveis da EDP, Aníbal Fernandes.

Em termos políticos, segundo fonte da direcção do PS, o secretário-geral do PS deverá fazer um breve balanço das medidas tomadas pelo Governo em sectores como a administração pública, saúde, justiça, administração interna, educação, segurança social, evidenciando ainda a tarefa de consolidação das finanças públicas.

Apesar de considerar positivos os resultados económicos registados em 2006 (crescimento económico de 1,3 por cento e aumento das exportações em 8,8 por cento), José Sócrates frisará que o esforço de consolidação orçamental é para continuar e recusará a atitude de o Governo começar a pensar nas eleições legislativas a dois anos e meio de distância.

Quinta-feira, durante a reunião com o Grupo Parlamentar do PS, José Sócrates afastou a possibilidade de uma descida de impostos a curto prazo e acusou de "irresponsabilidade" o presidente do PSD, Marques Mendes, que defende uma redução gradual do IVA e a descida do IRC.

Também na quinta-feira, no final do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, afastou a hipótese de o executivo passara a fazer na segunda metade da legislatura uma gestão mais cautelosa das suas medidas, de forma a evitar contestação social e desgaste em termos de popularidade.

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