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Siza Vieira: Abastecimento de bens sem carências ou rupturas de stock

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, afasta razões para preocupação relativamente ao abastecimento de bens, embora admita subida de preços junto do consumidor.

Mariline Alves
22 de Novembro de 2021 às 13:22
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"Não existem, neste momento, situações de carência de abastecimento ou de ruptura de ‘stock’ em qualquer aspecto da cadeia de valor nem se perspectivam situações de incumprimento nos próximos tempos". A garantia foi dada, esta segunda-feira, pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, na sequência da primeira reunião de um grupo de trabalho criado para acompanhar eventuais perturbações nas cadeias de abastecimento de bens nos sectores agro-alimentar e do retalho.

Do encontro do grupo de trabalho, que durou cerca de uma hora e meia, saiu uma mensagem de "tranquilidade". "Não existe nenhuma preocupação naquilo que seja a disponibilidade de bens aos consumidores", afirmou o ministro da Economia, embora admitindo o surgimento e "questões pontuais" ainda que "normais da época", em face do aumento do consumo, quando falta um mês para o Natal.

Siza Vieira reconheceu que, como consequência das subidas dos preços das energia, transportes ou matérias-primas, está "a ocorrer um aumento importante dos custos de produção que grande parte dos produtores, transportadores e retalhistas estão a absorver", e que, por conseguinte, pode refletir-se no consumidor "um crescimento de alguns preços", "nos próximos tempos", mas sem que haja motivo para alarme.

"Não estamos ainda a sentir um crescimento muito significativo dos preços em Portugal e a inflação ainda está bastante abaixo da da Zona Euro, mas sabemos, obviamente, que quando temos aumento de custos durante algum tempo eventualmente pode depois repercurtir-se no consumidor", apontou, após a reunião que contou também com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e com os secretários de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, e as Infraestruturas, Jorge Delgado.

Formado por 15 membros, o grupo de trabalho junta, entre outros, representantes da Confederação dos Agricultores de Portugal, Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares, Associação Nacional de Armazenistas, Comerciantes e Importadores de Cereais e Oleaginosas, Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas, Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias, Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição e Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares.

Aos jornalistas, Pedro Siza Vieira sinalizou que embora não haja atualmente "nenhuma preocupação" relativamente a um "aumento muito significativo dos custos", o grupo recém-criado vai continuar a "acompanhar a situação com os produtores", reunindo quinzenalmente.

O Grupo de Acompanhamento e Avaliação das Condições de Abastecimento de Bens nos Setores Agroalimentar e do Retalho em Virtude das Dinâmicas de Mercado foi criado para "avaliar e acompanhar as condições de abastecimento de bens nos setores agroalimentar e do retalho cujas dinâmicas de mercado sejam influenciadas pelo contexto global, designadamente ao nível dos stocks de matérias-primas". Compete-lhe ainda analisar os níveis de reservas e de armazenamento desses bens e verificar a execução dos contratos de fornecimento, nacionais e internacionais.


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