Notícia
Sindicatos reclamam aumento salarial de 9,6% no calçado para 2012
Manuel Freitas considerou que o aumento salarial de 9,6% não é exagerado tendo em conta que os trabalhadores da indústria do calçado têm remunerações "muito baixas", que "não descolam do salário mínimo nacional".
23 de Janeiro de 2012 às 08:07
A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores do Calçado (FESETE) propôs um aumento salarial de 9,6% para os trabalhadores do sector em 2012, o que os patrões consideram “um ponto de partida muito desfasado da realidade”.
O coordenador da FESETE, Manuel Freitas, considerou que o aumento salarial de 9,6% não é exagerado tendo em conta que os trabalhadores da indústria do calçado têm remunerações “muito baixas”, que “não descolam do salário mínimo nacional”.
“Estamos a reivindicar um aumento de 0,80 euros por dia no subsídio de alimentação, para chegar aos três euros, e um aumento nos salários entre os seis e os sete por cento, que tem por base a inflação de 3,7 por cento em 2011”, explicou à Lusa o sindicalista, que espera iniciar em breve as negociações com os patrões.
Segundo a FESETE, "os valores propostos para discussão visam repor o poder de compra dos trabalhadores e mais justiça na distribuição da riqueza produzida no setor, que tem tido um acentuado desenvolvimento para o qual, como é evidente, contribuem também os trabalhadores".
Em declarações à Lusa, os patrões consideram que a proposta da FESETE “torna muito difícil uma negociação” por ter “um ponto de partida desfasado da realidade”.
“Estamos disponíveis para negociar, mas vai ser uma batalha muito grande”, disse Paulo Gonçalves, porta-voz da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado (APICCAPS).
Há um ano, patrões e sindicatos chegaram a acordo sobre a aplicação de novas tabelas salariais para 2011, com um aumento médio de dois por cento, variando as remunerações da fileira entre os 388 euros, auferidos pelos praticantes, e os 932 euros, valor pago aos engenheiros com mais de três anos, que, com a reivindicação da FESETE, passariam para 420 e 985 respectivamente.
A indústria portuguesa de calçado contabiliza 1.354 empresas, emprega 32.738 pessoas e produz anualmente cerca de 62 milhões pares de sapatos, sendo mais 95 por cento são exportados para 132 países.
O coordenador da FESETE, Manuel Freitas, considerou que o aumento salarial de 9,6% não é exagerado tendo em conta que os trabalhadores da indústria do calçado têm remunerações “muito baixas”, que “não descolam do salário mínimo nacional”.
Segundo a FESETE, "os valores propostos para discussão visam repor o poder de compra dos trabalhadores e mais justiça na distribuição da riqueza produzida no setor, que tem tido um acentuado desenvolvimento para o qual, como é evidente, contribuem também os trabalhadores".
Em declarações à Lusa, os patrões consideram que a proposta da FESETE “torna muito difícil uma negociação” por ter “um ponto de partida desfasado da realidade”.
“Estamos disponíveis para negociar, mas vai ser uma batalha muito grande”, disse Paulo Gonçalves, porta-voz da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado (APICCAPS).
Há um ano, patrões e sindicatos chegaram a acordo sobre a aplicação de novas tabelas salariais para 2011, com um aumento médio de dois por cento, variando as remunerações da fileira entre os 388 euros, auferidos pelos praticantes, e os 932 euros, valor pago aos engenheiros com mais de três anos, que, com a reivindicação da FESETE, passariam para 420 e 985 respectivamente.
A indústria portuguesa de calçado contabiliza 1.354 empresas, emprega 32.738 pessoas e produz anualmente cerca de 62 milhões pares de sapatos, sendo mais 95 por cento são exportados para 132 países.