Notícia
Sindicatos europeus exigem mais 130 mil milhões para atacar desemprego
O compromisso de retomar o saneamento das finanças públicas em 2011 vai ser assumido ao mais alto nível político, durante a cimeira dos líderes da União Europeia (UE) no final da próxima semana. Mas os sindicatos europeus não estão pelos ajustes: dizem que a prioridade tem de ser combate ao desemprego, não aos défices, e reclamam um novo pacote de medidas de estímulo, de pelo menos 130 mil milhões de euros.
O compromisso de regressar à rota do saneamento das finanças públicas em 2011 vai ser assumido ao mais alto nível político, durante a cimeira dos líderes da União Europeia (UE) no final da próxima semana, retomando a promessa feita há dois dias pelos ministros das Finanças. Mas os sindicatos europeus não estão pelos ajustes: dizem que a prioridade tem de ser combate ao desemprego, não aos défices, e reclamam um novo pacote de medidas de estímulo, de pelo menos 130 mil milhões de euros.
“A grande questão que tem de ser discutida não tem a ver com a retirada, mas com a manutenção e com um aumento significativo dos estímulos orçamentais”.
Num comunicado ontem divulgado, em que se posiciona para a próxima cimeira da UE, a confederação europeia de sindicatos (ETUC) insiste que os Governos têm de continuar a investir e a injectar liquidez para fortalecer a actividade económica e assim combater o desemprego, que atingiu o máximo de dez anos em Agosto, ao atingir os 9,5% na Zona Euro.
Se combater os défices significar menos investimento público e cortes nas políticas sociais, o efeito será perverso, avisa a ETUC, alegando que essa estratégia levará os consumidores europeus a “gastarem menos e aumentarem ao máximo as suas poupanças”-
A organização, que representa 82 sindicatos, entre os quais a CGTP e a UGT, diz ainda que a execução dos planos de relançamento prometidos para contrariar a recessão está bem aquém do previsto.
Planos anti-crise estão a meio-gás
Segundo os seus cálculos, as medidas de estímulo levadas à prática totalizam neste momento o equivalente a 0,6% do PIB da UE, ou seja cerca de 80 mil milhões de euros, quando os Governos europeus haviam prometido injectar cerca de 200 mil milhões (1,5% do PIB).
Por outras palavras, os planos anti-crise na Europa estão pela metade: a taxa de execução média é de 40%, que compara com 42% em Portugal, segundo dados do Governo considerando os gastos até Setembro.
A ETUC apela à aceleração dos planos anti-crise e pede aos Governos que se comprometam em investir pelo menos 1% do PIB por ano (cerca de 130 mil milhões de euros) em projectos que sustentem o emprego e simultaneamente a reconversão da economia europeia para um modelo ecologicamente mais sustentável.
“A grande questão que tem de ser discutida não tem a ver com a retirada, mas com a manutenção e com um aumento significativo dos estímulos orçamentais”.
Se combater os défices significar menos investimento público e cortes nas políticas sociais, o efeito será perverso, avisa a ETUC, alegando que essa estratégia levará os consumidores europeus a “gastarem menos e aumentarem ao máximo as suas poupanças”-
A organização, que representa 82 sindicatos, entre os quais a CGTP e a UGT, diz ainda que a execução dos planos de relançamento prometidos para contrariar a recessão está bem aquém do previsto.
Planos anti-crise estão a meio-gás
Segundo os seus cálculos, as medidas de estímulo levadas à prática totalizam neste momento o equivalente a 0,6% do PIB da UE, ou seja cerca de 80 mil milhões de euros, quando os Governos europeus haviam prometido injectar cerca de 200 mil milhões (1,5% do PIB).
Por outras palavras, os planos anti-crise na Europa estão pela metade: a taxa de execução média é de 40%, que compara com 42% em Portugal, segundo dados do Governo considerando os gastos até Setembro.
A ETUC apela à aceleração dos planos anti-crise e pede aos Governos que se comprometam em investir pelo menos 1% do PIB por ano (cerca de 130 mil milhões de euros) em projectos que sustentem o emprego e simultaneamente a reconversão da economia europeia para um modelo ecologicamente mais sustentável.